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Família anuncia terceira morte por dengue hemorrágica no DF este ano

Vítima estava internada na UTI do Hospital Anchieta, em Taguatinga. Moradora de Brazlândia, ela deu entrada com sintomas da dengue clássica

Otávio Augusto
postado em 12/02/2016 12:13
Erotides Dias da Costa morreu na manhã desta sexta
A dengue pode ter causado a terceira morte na capital federal este ano. A família de Erotides Dias da Costa, 61 anos, morador da zona rural de Brazlândia, afirma que o homem morreu em decorrência de complicações da forma hemorrágica da infecção. Nas redes sociais, o filho, Evandro Mendes e a nora, Cidalina Cardoso, compartilharam mensagens lamentando a perda do parente.

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Erotides era servidor público aposentado e estava internado há dois dias na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Anchieta, em Taguatinga Sul. Segundo familiares, ele teve uma parada cardíaca na madrugada desta sexta-feira (12/2) e a equipe médica não conseguiu reanimá-lo.

;Ele se sentiu mal na semana passada e logo os médicos o diagnosticaram com dengue. Ontem, ele desmaiou no quarto e no banheiro do hospital. Durante todo tempo ficou a base de soro e medicação para dor abdominal;, contou ao Correio a nora de Erotides, a jornalista Cidalina Cardoso, 28 anos.

O corpo do aposentado será levado ainda esta tarde para o Hospital de Base (HBDF) onde será realizados exames complementares para comprovarem a causa da morte. ;No documento do hospital (Anchieta) consta hemorragia não identificada, mas ele fez todo o tratamento para dengue;, explicou Cidalina.

Brazlândia é a cidade do Distrito Federal com o maior número de casos confirmados de dengue - são 301 notificações, 28% do total do DF. Lá moravam as duas pessoas mortas em função de dengue hemorrágica. Uma delas é Maria Cristina Santana Natal, cunhada do vice-governador, Renato Santana.
A Secretaria de Saúde informou, em nota, que a Diretoria de Vigilância Epidemiológica ainda não recebeu a notificação do óbito. Segundo a pasta, o prazo máximo é de 24 horas. O Hospital Anchieta garantiu ter prestado toda a assistência necessária ao paciente, mas disse não ter como atestar, por enquanto, a causa da morte. ;O paciente apresentava quadro clínico sugestivo de dengue e pancitopenia (hemorragia), que evoluiu rapidamente com choque circulatório e óbito. Cumprimos rigorosamente suas obrigações de notificação compulsória;, diz o texto. ;No documento do hospital, consta hemorragia não identificada, mas ele fez todo o tratamento para dengue. Durante todo o tempo, ficou à base de soro e de medicação para dor abdominal;, ressaltou Cidalina.

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