Cidades

Renato Santana volta a criticar burocracia do GDF no combate à dengue

A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão, também acompanhou os trabalhos. Ela disse que a comunidade internacional está acompanhando com apreensão os casos de dengue e zika no país

Antonio Temóteo, Luiz Calcagno
postado em 13/02/2016 11:32
Renato Santana ao lado de Alexandre Tombini anunciando o início dos trabalhos contra o Aedes aegypti
O governador em exercício do Distrito Federal, Renato Santana, coordenou as ações de combate ao Aedes aegypti em Brazlândia na manhã deste sábado (13/2). Os trabalhos acontecem um dia após a Secretaria de Saúde anunciar que o DF já tem pouco mais de 1,7 mil casos confirmados de dengue, 240% a mais que os primeiros 44 dias de 2015. A capital também tem um caso de dengue do tipo 3, seis casos de Zika confirmados e 77 suspeitos e outros 78 casos suspeitos de chikungunya.

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também participou da ação, representando a presidente da república, Dilma Rousseff. Funcionários da defesa civil, da Secretaria de Saúde e 2,5 mil homens do exército, da marinha e da aeronáutica também atuaram visitando residências e ajudando a retirar lixos, escombros e pneus das ruas da cidade. Caminhões e tratores foram usados na operação descrita pelo governador em exercício como ;de guerra;.

Brazlândia está entre as cidades do DF com maior número de moradores com dengue e ainda atende os moradores de vendinha (GO). De acordo com Renato Santana, dos 15 mil moradores do povoado goiano, 70% pegaram dengue e a maioria é atendida no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz). Junto com a região administrativa, São Sebastião, Planaltina e Ceilândia respondem por 874 casos, aproximadamente 55% do total.

O governador em exercício voltou a falar sobre a dificuldade burocrática de combater o Aedes aegypti. ;Brazlândia está sofrendo com a dengue. Sobretudo pelo acúmulo de lixo na cidade. Apesar disso, não vamos perder a guerra para o mosquito. Eu vou coordenar a operaçãona região administrativa e nas cidades do Entorno, em Vendinha, Padre Bernardo e Águas Lindas do Goiás. Essa é uma operação de guerra que não pode perder para burocracia;, disse.

Renato Santana já havia reclamado publicamente da burocracia do GDF para combater o mosquito transmissor da dengue. Ele postou um vídeo nas redes sociais se queixando dos ;tecnocratas; do GDF após a morte da cunhada dele, Maria Cristina Natal Santana, 42 anos, por dengue hemorrágica. Ela foi a primeira vítima da forma grave da doença na capital federal. ;Quantas Cristinas morrem todos os dias pela economia, equivocada, em alguns momentos, de dinheiro na crise enquanto alguns tecnocratas ainda persistem em não se mexer para ver que o mundo real é muito diferente da bolha de gabinetes? Estamos em meio a um cenário de guerra, sobretudo nessa questão da saúde. E vamos vencer, desde que haja mais compromisso, mais ação;, declarou à época.

A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão, também acompanhou os trabalhos. Ela disse que a comunidade internacional está acompanhando com apreensão os casos de dengue e zika no país. ;O Brasil está passando por um constrangimento internacional. Fiz uma viagem aos Estados Unidos onde fui bombardeada de perguntas sobre o número de casos e o combate à zika no país;, disse.

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