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Na contramão da indústria e do varejo, setor de franquia tem crescimento

A rapidez das marcas em responder a problemas econômicos e a aposta em negócios de menor valor ajudam a explicar o bom resultado, setor registra crescimento de quase 10% na capital federal, com faturamento de R$ 11,8 bilhões A rapidez das marcas em responder a problemas econômicos e a aposta em negócios de menor valor ajudam a explicar o bom resultado

Flávia Maia
postado em 07/03/2016 06:03
Os empresários Luiz Henrique e Diogo Kleiber são donos do DaHora: em cinco anos, a rede ganhou sete lojas
As franquias do Distrito Federal alavancam o bom desempenho do setor no Centro-Oeste. O faturamento das redes na capital somou R$ 11,8 bilhões no ano passado, o que corresponde a 91,7% de toda a quantia gerada na região. Mato Grosso aparece na sequência, com R$ 611 milhões. O alto poder aquisitivo dos consumidores, a quantidade de unidades franqueadas e o número de redes próprias são as explicações de especialistas para o peso do DF na área. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

A crise econômica atingiu as franquias em menor escala do que em outros segmentos, como indústria, varejo e serviços não franqueados. Embora o crescimento tenha pisado no freio, as redes cresceram. No Brasil, o faturamento dos mais de 138 mil desses estabelecimentos foi de R$ 139,5 bilhões ; 8,3% a mais do que em 2014. No DF, o resultado foi ainda mais significativo, com aumento de quase 10%. O fôlego do setor pode estar associado à rapidez com que as marcas responderam à crise. Algumas lançaram produtos com preços mais baratos para não perder o consumidor; outras apostaram em diversificar os modelos de negócios com franquias ;pocket;, de menor valor. Por fim, há aquelas que focaram em segmentos menos abalados pela crise, como educação.



Na análise de Cláudio Tieghi, diretor de Inteligência de Mercado, Relacionamento e Sustentabilidade da ABF, as franquias têm dois pilares que ajudam a explicar o desgaste menor. Um deles é o fato de o negócio ser em rede. ;Isso faz com que o franqueador e o franqueado tenham uma percepção clara e rápida do mercado que muda.; Ele acrescenta que o processo de expansão desse setor, em especial para as pequenas e médias cidades brasileiras, também contribuiu para o crescimento do franchising.

Lucro

Em todo o DF, há 3,4 mil unidades franqueadas e 59 redes próprias. As lojas localizadas na capital do país mostram-se extremamente lucrativas, tanto que, mesmo com número de estabelecimentos menor do que em Goiás ; que tem 3,8 mil ;, tiveram faturamento 28 vezes maior do que as empresas do estado vizinho. ;O DF tem uma oferta maior de franqueadores locais do que os estados do Centro-Oeste. Essas redes locais tendem a crescer em espiral, procurando, primeiro, franqueados mais próximos. Isso ajuda a explicar a expansão;, afirma Nadia Nogueira, consultora de franquias do Sebrae do Distrito Federal.

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