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Reciclagem robótica é o tema que reune alunos do Sesi Gama

As três melhores equipes estarão na disputa internacional no World Festival, principal evento mundial da FLL, que será realizada em Saint Louis, nos Estados Unidos

Amanda Carvalho - Especial para o Correio
postado em 17/03/2016 09:09

Equipes de alunos do Sesi do Gama estarão no evento, que reúne 700 competidores de outras regiões brasileiras

O lixo não pode mais ser considerado uma preocupação apenas de adultos. Os jovens estão cada vez mais antenados com o que ocorre no mundo todo, e foi dado a eles o desafio de pensar o que fazer com os materiais eletrônicos que não têm mais utilidade, em como proceder com resíduos perigosos e até mesmo qual a melhor maneira de se descartar restos de comida. As propostas diante dessas questões serão apresentadas neste fim de semana, no Torneio de Robótica First Lego League (FLL), no Sesi de Taguatinga.

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A etapa regional da competição, realizada em nove estados, reuniu mais de 4 mil competidores de quase 500 escolas; 77 equipes estão no páreo nessa fase nacional, que tem mais de 700 competidores. Durante a maior disputa de robótica do Brasil, os estudantes mostrarão, na teoria, com projetos de pesquisa, e na prática, com robôs de Lego, as propostas para lidar com o lixo.

As três melhores equipes estarão na disputa internacional no World Festival, principal evento mundial da FLL, que será realizada em Saint Louis, nos Estados Unidos. A competição reunirá as melhores equipes de robótica do mundo. Seguindo a tabela de classificação final, outras 11 equipes podem conquistar vagas em torneios internacionais na Austrália, na Espanha e nas Filipinas.

Durante o torneio, os alunos vão projetar, construir e programar o equipamento, além de apresentarem o desenho mecânico, a estratégia adotada e a programação desenvolvida. Em Desafio do Robô, serão disputadas três partidas de dois minutos e meio para executar missões na mesa de competição com os robôs e os valores centrais do torneio, como o trabalho em equipe e a competição amigável e ética.

O diretor de Operações do Sesi, Marcos Tadeu de Siqueira, explica que o Brasil tem carência de profissionais na área de ciência e tecnologia, e o interesse da entidade é despertar os jovens para a área científica. ;É uma preocupação nossa formar profissionais que possam suprir essa carência para a indústria e para o desenvolvimento do país;, afirma.

Aprendizagem

Em Brasília, há duas equipes que levaram a sério essa competição, que também é considerada um processo de aprendizagem. A Lego Field e a Lego Olympus são formadas por estudantes de 13 a 17 anos ; todos alunos do Sesi do Gama.

Com a robótica, alunos e professores aprendem juntos conteúdos de física, química, biologia e matemática, com mais criatividade e raciocínio lógico. O torneio também incentiva os alunos a escolherem carreiras nas áreas de engenharia e tecnologia, que são importantes para a inovação nas empresas.

Técnica Mayra Resende, com os alunos Matheus Queiroz e Waleska Maysa, das equipes Lego Field e Lego Olympus do Sesi - Gama. Ambos irão participar dotorneio de robótica que ocorrerá este final de semana

Wallesca Maysa Pessoa, 15 anos, integrante da Lego Field, diz que está muito confiante quanto à participação da sua equipe na competição: ;Nosso projeto é para transformar o lixo orgânico em energia elétrica. Fizemos estudos aprofundados, visitamos laboratórios de engenharia da Universidade de Brasília, e tivemos ajuda de alunos de lá. Vamos apresentar tudo em uma maquete que explicará exatamente como funcionará nossa proposta;, acrescenta.

Matheus Queiroz de Assis, 14 anos, que é da Lego Olympus, conta que também está muito empolgado.;Tudo que aprendo aqui, eu quero aproveitar na minha carreira, e penso em me tornar um grande cientista, pois considero essa área fascinante;, afirma.

A equipe de Matheus apresentará um projeto para diminuir resíduos sólidos da construção civil. ;O projeto é fazer blocos, conhecido como ecological brick, a partir de resíduos classe A, que podem ser usados para vedar obras e depois podem ser desmontados e reaproveitados;.

Ambas as equipes têm como técnica a professora de educação tecnológica Mayra Rezende, Segundo ela, a robótica é um diferencial na vida dos alunos: ;Conseguimos perceber alguns talentos que se destacam nas aulas. O que fazemos é incentivar e apresentar desafios, e acabo sendo uma espécie de olheira de alunos que queiram se aprofundar na robótica;, destaca.

Mayra conta que os pais são grandes incentivadores dos filhos: ;Eles vêm até a escola e conversam com a gente, torcem por eles e, no dia da competição, trazem a família toda, com camisas personalizadas para dar aquela força aos filhos, que tanto se dedicaram, a esse projeto;.

Torneio Nacional de Robótica FLL


; Data: sábado e domingo
; Horário: das 9h às 16h
; Onde: Sesi (QNF 24 Área Especial - Taguatinga Norte) - Brasília (DF)
; Entrada franca

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