Cerca de 50 motoristas do Uber estiveram na 5; Delegacia de Polícia (Área Central) para acompanhar um colega vítima de xingamentos. Henrique de Oliveira, 32 anos, afirma ter sido ofendido por um taxista na última segunda-feira, enquanto trabalhava à noite no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN). O carro dele, um Toyota Corolla, também foi apedrejado. Os prestadores de serviço de transporte individual de passageiros por aplicativo reclamam que a tensão com os taxistas continua em Brasília.
Henrique registrou ocorrência às 18h de ontem. Ele preferiu não dar entrevistas, mas confirmou a história e o nome dele ao Correio. Ele trabalha no Uber há menos de um ano. ;A gente acha que só tem taxista violento no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas aqui também tem;, queixa-se uma motorista de Uber que preferiu não se identificar.
Inicialmente, o grupo foi à 2; Delegacia de Polícia, no fim da Asa Norte, onde descobriu que o registrou deveria ser feito na 5; DP, próximo ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. No trajeto, buzinaram e ligaram os faróis. ;Queremos que percebam a gente aqui. O nosso serviço é de qualidade, as pessoas gostam. Deveríamos ter ajuda para evitar incidentes como esse;, sugeriu o condutor do serviço Ludgero Gabriel, 25.
Confusão no aeroporto
No fim da manifestação, os motoristas souberam que ao menos quatro carros do Uber foram depredados, com pedras e pedaços de pau, no Aeroporto Internacional de Brasília. A briga envolveu motoristas do serviço e taxistas. Na confusão, sobrou até para passageiros. Segundo a presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), Maria do Bomfim, ;o Uber provocou um dos meninos e ele foi responder. Isso acabou se tornando uma briga generalizada;, afirmou. Os envolvidos foram à 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul) registrar ocorrência.
A Uber informou, em nota, que considera inaceitável o uso de violência. ;Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente;, informa o documento. A empresa espera que motoristas parceiros não se envolvam em brigas e discussões e contatem imediatamente as autoridades policiais, sempre que se sentirem ameaçados. Para assessorá-los, a Uber criou um número de telefone para casos de emergência, além de um endereço de e-mail específico para o DF.
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