Cidades

Servidores protestam contra implantação de organizações sociais na Saúde

O ato foi planejado pelos sindicatos dos auxiliares e técnicos em enfermagem e dos médicos; 250 pessoas participam

Otávio Augusto
postado em 02/08/2016 12:04

Cerca de 250 pessoas manifestam contra Organizações Sociais na Saúde

Servidores de sete sindicatos ligados a saúde organizaram um protesto em frente a unidade de pronto atendimento (UPA) de Ceilândia. O movimento é contrário a implantação das organizações sociais (OSs) na gestão da saúde da capital federal. Ao todo, 250 servidores participam do ato, segundo a organização.

O ato foi planejado principalmente pelos sindicatos dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do (Sindate-DF) e dos Médicos (Sindmédicos-DF). "Em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) por uma saúde de qualidade e 100% pública", diz faixas espalhadas pelo local.

No local. há pacientes aguardando atendimento, apesar do volume ser pequeno. Segundo a Secretaria de Saúde, a manifestação não prejudicou o atendimento prestado à população. "Nesta manhã, um médico atendeu os pacientes que buscaram atendimento no local. Os casos de menor gravidade foram encaminhados ao Centro de Saúde n; 10", informou, em nota. A previsão, de acordo com a pasta, é que durante tarde, três médicos recebam os pacientes. A escala noturna conta com quatro profissionais.


"Até agora somente um lado das OSs. Vamos mostrar para a população por que o servidor é contra. Estamos mobilizando várias categorias para frear a implantação desse modelo de gestão", disso ao Correio Josiane Jacob, diretora do Sindate-DF.

Tensão no Buriti

Ontem (1/8), a direção do Sindate-DF se reuniu em frente ao Palácio do Buriti, para protestar contra precarização da saúde pública. Mais de 300 cruzes negras foram pregadas no chão em frente a sede do Executivo local representando as mortes por falta de medicamentos, aparelhos e insumos básicos.

Atualmente, estão qualificadas as seguintescinco entidades para participarem do processo ; uma delas já possui um contrato de gestão vigente com o governo. A ideia é ampliar de 30,7% a cobertura da atenção básica, para 62% até 2018.

O Executivo local, segundo cálculos da Casa Civil, desembolsa por ano R$ 132 milhões para custear a atenção primária em Ceilândia. Com o novo modelo de gestão, a estimativa cairia para R$ 110 milhões. Cerca de 400 novas equipes atuariam na região, com 3,6 mil profissionais. Há, ainda, o gasto de R$ 148 milhões para despesas as UPAs.

Com informações de Walder Galvão

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