Cidades

Assassinatos colocam em xeque eleições em Santo Antônio do Descoberto

Pela segunda vez em menos de um mês, um assassinato com suposta motivação política foi cometido na cidade vizinha ao DF. Promotora eleitoral pede segurança ao Tribunal Regional Eleitoral e ao governo de Goiás

postado em 23/08/2016 08:18
Pastor Paulino foi assassinado na porta de casa: quatro tiros

O segundo assassinato de pessoas ligadas a partidos políticos coloca em xeque as eleições municipais em Santo Antônio do Descoberto. No último domingo, o vice-presidente do Partido da República (PR) na cidade goiana, Paulino Rodrigues da Silva, 58 anos, o Pastor Paulino, morreu ao ser atingido por quatro tiros na porta de casa, no bairro Morada Nobre ; as características do crime são parecidas com as do homicídio do jornalista João Miranda do Carmo, em 24 de julho (leia Memória). Além disso, ontem pela manhã, o vice-prefeito, Valter da Guarda Mirim, foi intimidado por dois homens armados.

[SAIBAMAIS]Esses casos levaram a promotora eleitoral de Santo Antônio do Descoberto, Tarcila Britto, a preparar um ofício para encaminhar ao Tribunal Regional Eleitoral e à Secretaria de Segurança Pública de Goiás. No documento, ela narra todas as situações de prováveis crimes de motivação política e pede reforço na segurança do município distante 49km de Brasília, principalmente para as eleições de outubro. ;Houve uma morte há menos de um mês nas mesmas circunstâncias. Normalmente, a violência na cidade é marginalizada, ligada a tráfico, rixas e outros. Mas, coincidentemente, está migrando para um lado político que desconhecemos;, relata. Ela também entrou em contato com o Ministério Público Eleitoral e tem apoio do procurador regional eleitoral, Alexandre Moreira.



No caso do Pastor Paulino, ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima apoiava Estela Souza (PR), ex-mulher do atual prefeito e candidata a chefe do Executivo local no próximo pleito. Em nota divulgada no domingo, o presidente do partido em Santo Antônio do Descoberto, Francisco de Assis Pereira da Silva, demonstrou solidariedade à família e garantiu que exigirá uma apuração rigorosa e imparcial do crime. ;É prematuro dar a conotação de crime político. Não sabemos com certeza por estarmos distantes dos acontecimentos. A gente acredita na Justiça;, diz o vice-presidente estadual goiano do PR, Wiris Arantes.

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