Cidades

MP investiga relação de deputados com contrato do Detran

A suspeita é de "conduta irregular" do órgão na contratação da empresa Global Segurança, por meio do pregão eletrônico 21/2015

Ana Maria Campos
postado em 26/11/2016 10:32

Entre os investigados, estão os deputados Rafael Prudente (PMDB) e Celina Leão (PPS), o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, servidores do Detran e representantes da Global

O Ministério Público do DF abriu inquérito civil público para apurar suposto direcionamento da licitação promovida pelo Departamento de Trânsito (Detran/DF) para contratação de empresa de vigilância. A suspeita é de ;conduta irregular; do órgão na contratação da empresa Global Segurança, por meio do pregão eletrônico 21/2015. Eventuais irregularidades podem provocar a instauração de uma ação de improbidade administrativa.

Entre os investigados, estão os deputados Rafael Prudente (PMDB) e Celina Leão (PPS), o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, servidores do Detran e representantes da Global. A investigação foi instaurada em 17 de novembro, por meio da Portaria 75/2016, e será conduzida pela 1; Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), sob a responsabilidade do promotor Roberto Carlos Silva.

Contrato de R$ 18,3 milhões

O pregão eletrônico do Detran foi concluído em julho. A Global Segurança venceu a licitação e conquistou o contrato de R$ 18,3 milhões por ano, para vigilância armada do órgão, a partir de julho de 2016. Numa outra frente de investigação, sob a responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), como a coluna revelou nesta semana, o Ministério Público do DF investiga uma suposta relação da Global com o ex-deputado Leonardo Prudente.

Influência

Na investigação, o Ministério Público do DF apura as indicações da deputada Celina Leão no Detran e o impacto disso nos contratos do órgão. Ela apadrinhou, por exemplo, o chefe da Procuradoria-Jurídica do Detran, Alcidino Vieira, que é irmão de Sandro Vieira, um dos envolvidos na Operação Drácon. O servidor permaneceu no órgão até junho, quando Celina rompeu com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

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