Jacqueline Saraiva
postado em 06/12/2016 07:02
Com três equipes de mergulho pelas águas do rio São Bartolomeu e outras com cães farejadores por terra, o Corpo de Bombeiros reiniciou, depois das 6h20 desta terça-feira (6/12), as buscas por Alessandra Ribeiro. A menina de dez anos segue desaparecida depois de ter sido levada pela correnteza. O corpo da mãe dela, Ana Cristina Ribeiro, 34 anos, foi localizado por volta das 11h dessa segunda-feira (5/12). Ela morreu ao tentar salvar as duas filhas.
O acidente ocorreu no último domingo em uma área rural de São Sebastião, no Setor de Chácaras do Capão Comprido. Ana e os quatro filhos resolveram entrar na água enquanto o marido, Francisco Mesquita, 59, trabalhava nos arredores. As mais novas, com 10 e 13 anos de idade, foram puxadas pela força da água. A mãe e o filho mais velho, de 15 anos, foram até elas. O menino conseguiu resgatar a irmã de 13 anos, mas Ana e a filha Alessandra Ribeiro não conseguiram voltar à margem e foram arrastadas pela correnteza.
As buscas foram iniciadas por volta das 17h, com seis viaturas do Corpo de Bombeiros por terra, uma aeronave e cinco mergulhadores e interrompidos à noite, por falta de luminosidade. O corpo de Ana Cristina só foi encontrado ontem pelo helicóptero dos bombeiros, a cerca de 5km do local onde a família tomava banho. Até a noite de ontem, o CBMDF manteve a equipe de busca com uma aeronave, nove mergulhadores e 10 bombeiros nas buscas pela criança.
Riscos
O Rio São Bartolomeu é o maior do Distrito Federal, com 200km de extensão. A área do acidente é bastante visitada por pescadores e banhistas, segundo moradores relataram ao Corpo de Bombeiros. De acordo com a corporação, o DF já registrou 54 casos de afogamento este ano. Do total, 22 ocorreram no Lago Paranoá e os demais em rios, piscinas e nas residências das vítimas.