Cidades

Estudante do DF tira mil e gabarita a redação do Enem 2016

Apenas 77 em todo o país alcançaram a mesma pontuação, entre os cerca de 6 milhões que fizeram a prova

Marlene Gomes - Especial para o Correio
postado em 20/01/2017 06:08 / atualizado em 01/09/2020 10:12


O estudante do Distrito Federal Antônio Pedro Marques Nóbrega está no grupo seleto de candidatos que alcançaram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. Apenas 77 em todo o país alcançaram a mesma pontuação, entre os cerca de 6 milhões que fizeram a prova. O segredo para a performance brilhante passa pela dedicação e pela disciplina. Inclui ainda muita leitura e prática de escrita, mas também a determinação e o conhecimento para discorrer sobre qualquer tema. ;Não é preciso ser artista para se fazer uma boa dissertação. É importante a busca de informações sobre os assuntos, porque esses elementos vão ajudar a produzir um bom texto;, relata.

Ao discorrer sobre ;Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil;, tema da redação aplicada em 6 de novembro, Antônio Pedro fez pouco rascunho. Preferiu escrever direto na folha de resposta definitiva, para não perder tempo. No entanto, refletiu sobre o tema com cuidado antes de colocar no papel a primeira letra maiúscula. O conhecimento da gramática foi fundamental, mas o rapaz não tem dúvidas de que o conhecimento multidisciplinar fez a diferença para a produção do texto. Para ele, é importante que o aluno não se limite ao conhecimento baseado somente no que foi apresentado em sala de aula. Ao contrário, deve utilizar todos os meios de comunicação disponíveis para a compreensão dos temas. ;A gente tem que trazer os temas para o cotidiano. Ler mais livros e jornais, assistir a filmes e televisão. Quem prestou atenção às notícias sobre imigração, Oriente Médio ou o islamismo teve mais elementos para falar sobre intolerância religiosa, mesmo sem ter sofrido, pessoalmente, um estigma forte;, diz.

A leitura sempre fez parte da rotina de Antônio. Aos 9 anos, o menino já escolhia sozinho nas livrarias os exemplares que queria levar para casa. ;Era só bater os olhos e ele lia tudo;, atesta a mãe, Denize. Filho de um casal de médicos, o rapaz e os dois irmãos, Luís Eduardo e João Pedro, sempre foram incentivados a ter gosto pela leitura. Já adolescente, Antônio Pedro acrescentou a leitura de jornais e de revistas. Passou também a se cercar de informações sobre seus temas de interesse, em pesquisas na internet ou assistindo a filmes no cinema, até começar a escrever pequenas histórias, a maioria de ficção científica. ;Geralmente, as minhas histórias são curtas. Quando surge um outro tema de interesse, começo a escrever uma nova sem ter terminado a anterior.;

 

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