Cidades

Servidor do Senado suspeito de matar empresário se entrega à polícia

Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, se entregou na 2ª Delegacia de Polícia, na tarde desta terça e responderá em liberdade. Ele é suspeito de matar a tiro o empresário Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42, após uma discussão em um bar

Luiz Calcagno
postado em 31/01/2017 17:24

Argos prestará depoimento e responderá o inquérito em liberdade. Ele também entregou a arma do crime, uma pistola Gloc .380.O servidor do Senado Federal Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, se entregou na 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), na tarde desta terça (31/1). Ele é suspeito de matar a tiro o empresário Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42, após uma discussão em um bar, no fim da noite de domingo (29). Argos prestou depoimento e responderá ao inquérito em liberdade. Na casa do suspeito, foram encontradas duas pistolas calibre 380.

De acordo com o delegado Laercio Rossetto, após o crime, Argo viajou para Pirenópolis (GO). A polícia entrou em contato com o advogado dele e estabeleceu o prazo para o servidor se entregar. O homem compareceu à delegacia dentro do prazo, confessou o crime e alegou legítima defesa. "Ele está sendo indiciado por homicídio qualificado, e estamos aguardando informações para saber se a licença da arma estava vencida", alegou Rossetto. Argo foi liberado às 18h10 e saiu, no carro do advogado, no banco do carona, de cabeça baixa.

A 2; DP realizou, ainda, buscas na residência do suspeito, onde foram encontradas duas pistolas, calibres 380, com registros vencidos. Ambas as armas foram apreendidas e serão encaminhadas para exame pericial. A delegacia prossegue na apuração do crime. O delegado analisará todas as circunstâncias do fato, os depoimentos de testemunhas e imagens obtidas no local do crime.


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O crime aconteceu na 312 Norte. A vítima e o suspeito se desentenderam em um bar da comercial. Argo estava no estabelecimento acompanhado de amigos, entre eles, Debora Martins, 47, ex-mulher de Eduardo. O casal ficou junto por 12 anos e teve uma filha. A discussão entre Argos e Eduardo começou no Chiquinho;s Bar. Segundo consta na ocorrência, o ex-companheiro da mulher esteve no local para saber por que ela não atendia aos telefonemas dele.

Armas do servidor público apreendidas pela Polícia CivilArgos não estava na mesa quando os ex-companheiros começaram a discutir. Quando voltou, Eduardo questionou quem era o homem, que respondeu: ;Minha irmã;. O empresário não gostou e deu um empurrão no servidor. A discussão continuou do lado de fora, até que Argos sacou uma arma e atirou em Eduardo, fugindo em seguida.

Debora contou à polícia que conheceu o técnico legislativo do Senado há uma semana, em Rio Branco (AC). Segundo ela, Eduardo era ciumento e se separou dele em dezembro de 2016. A versão dela, no entanto, é contestada pela namorada da vítima. A funcionária comissionada da Câmara dos Deputados Jessiane Alcântara, 32 anos, disse que se relacionava com o empresário havia três anos.

Segundo Jessiane, Eduardo e Debora tinham se separado há dois anos. ;Quem terminou o relacionamento foi ele, porque me conheceu. Fazia mais de 25 dias que ele não ligava o celular, porque ela tentava voltar e não aceitava o fim do relacionamento;, contou. Ela tem uma casa na Granja do Torto, mas passava mais tempo na residência de Eduardo, na 715 Norte, onde também moram os pais e a irmã dele.

Enterro

O enterro de Eduardo Montezuma ocorreu às 16h30 desta terça-feira (31), no cemitério do Campo da Esperança, na Asa Sul. No momento do sepultamento, familiares e amigos se despediram com uma salva de palmas, mas não esconderam a revolta. ;Ele nunca demonstrou ser ciumento ou agressivo, era um pai trabalhador e muito bom;, diz Marília Leite, amiga da família.

A ex-mulher, Débora Martins, não compareceu ao funeral. Um amigo de infância, que não quis se identificar, culpou a mulher pelo caso. ;Eles terminaram há muito tempo, mas ela continuava atrás dele o tempo todo, essa versão dela está muito mal contada;, relatou.

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