Cidades

Mesmo com crise econômica, funcionários da Caesb mantêm supersalários

Enquanto isso, Brasília enfrenta uma crise hídrica histórica, e alguns planos do Executivo local para resolver o problema não saem do papel por falta de recursos

Alessandra Modzeleski - Especial para o Correio
postado em 04/03/2017 07:15
Em plena crise financeira, funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) recebem salários que ultrapassam o teto constitucional. Para pagar a remuneração dos 2.500 funcionários da empresa, são gastos R$ 17 milhões mensais. Os vencimentos surpreendem: uma advogada da Procuradoria Jurídica da companhia, por exemplo, recebe R$ 95 mil. Em outro caso, um motorista chega a ganhar R$ 20 mil. A fonte dos pagamentos são as tarifas pagas pelos brasilienses. As informações são do portal G1.

[SAIBAMAIS]Enquanto isso, Brasília enfrenta uma crise hídrica histórica, e alguns planos do Executivo local para resolver o problema não saem do papel por falta de recursos. É o caso da captação de água do Lago Paranoá. São necessários R$ 465 milhões para realizar a obra, até então adiada. Outra solução para a falta de água é a construção de um sistema de captação no Rio Bananal. O valor previsto para a obra é de R$ 20 milhões ; orçamento próximo ao gasto mensal com os supersalários. O projeto deverá beneficiar 170 mil habitantes do Plano Piloto e ficará pronta em novembro deste ano.

A companhia alega que os valores revelados não se referem às remunerações recebidas mensalmente pelos empregados. Nesses casos, elas incluem gratificações adicionais, indenizações, pagamento de férias e adiantamento de 13; salário. A nota diz ainda que, nos últimos dois anos, os investimentos aumentaram e a despesa de pessoal diminuiu de 50,22%, em 2014, para 46,55%, em 2016. O número de cargos comissionados também caiu, o que significou uma economia de R$ 6 milhões por ano, segundo a Caesb. A empresa lembrou também que, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho, foi obrigada a conceder reajuste de 10% no decorrer de 2016. A proposta da empresa era de aumento de 4%, o que foi negado pela Justiça.

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