Cidades

Moradores protestam contra obra na quadra comercial da 207 Sul

Os participantes do ato alegam que a obra acarretará em destruição das áreas verdes e reclamam das alterações já feitas que prejudicam ciclistas e pedestres

postado em 22/04/2017 14:10

Moradores da Asa Sul voltaram a realizar, na manhã deste sábado (22/4), uma manifestação contra a construção de um prédio comercial na CLS 207. Um protesto semelhante foi realizado no fim de semana passado. Os participantes do ato alegam que a obra acarretará em destruição das áreas verdes e reclamam das alterações já feitas: foram colocados tapumes em torno de postes de luz e de parte da calçada, atrapalhando o trânsito de pedestres e ciclistas.

Dezenas de pessoas se reuniram em frente à obra, cujos tapumes foram cobertos, nos últimos dias, por mensagens como "Árvores? Se você deixar, vão derrubar" e "Hoje aqui, amanhã na sua quadra".

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Segundo um dos organizadores do ato, Murilo Marques, permitir obras como essa representa uma série de ameaças. Ele lembra que obras semelhantes foram feitas ou estão em execução em outras comerciais, como as CLS 213 e CLS 216. "Em jogo, está uma questão mais grave que a Lei dos Puxadinhos. Aqui temos destruição das áreas verdes, em nome de ;novas; construções que quase tocam as rotatórias da via L1, desconfigurando a paisagem interna das quadras 200 e 400", afirma por e-mail.

Obra regular, segundo administração


Ao ser procurado pelo Correio no início desta semana, o proprietário do terreno informou ter a autorização necessária para dar continuidade à construção. E o diretor da empresa responsável pela obra, Antônio Rezende, disse que tudo está sendo feito respeitando a legislação. "As áreas que estamos ocupando estão todas demarcadas de acordo com a fiscalização. Inicialmente, precisaremos de um perímetro maior para conseguir construir o prédio. Em seguida, desmontaremos o tapume para que os pedestres possam transitar", afirmou.

Também no começo da semana, a Administração Regional do Plano Piloto informou que a obra na quadra está sendo realizada em uma área privada e destinada à construção de um Restaurante Unidade de Vizinhança (RUV), além de outras atividades de comércio e de prestação de serviço. "O alvará de construção foi aprovado e licenciado pela administração em 2014, sendo válido por oito anos, estando, portanto, dentro do prazo para o início da obra", continua o texto.

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