Na tarde de sexta-feira (5/5), por volta da 16h35, policiais militares desconfiaram da atitude de quatro adolescentes, duas meninas e dois meninos, que estavam em um ponto de ônibus na BR-070, próximos ao Condomínio Privê, na Ceilândia. De idades que variam entre 14 e 16 anos, os jovens choravam e se abraçavam. Um deles tentava se jogar na pista movimentada, mas os outros impediam. Os policiais então se aproximaram para oferecer ajuda e perceberam que alguns eram mudos e outros surdos.
Com dificuldade para se comunicarem, foi oferecido um papel a uma das meninas, que escreveu ;Baleia azul;. Foi aí que os policiais entenderam que eles pretendiam se matar. Os colegas dela ainda tentavam convencê-la a não escrever nada. Duas escolas foram contactadas para conseguirem um intérprete de libras, até descobrirem que os adolescentes estudam na Escola Bilíngue de Taguatinga. Levados até lá, uma intérprete confirmou que uma das adolescentes ;estava sonolenta e vendo vultos espirituais no meio da pista os chamando;.
Às 21h30, os adolescentes foram entregues aos pais, que tiveram que assinar um termo de entrega, orientando-os a procurar acompanhamento médico e psicológico. Esclarecendo que os jovens pediram privacidade, a diretora da Escola Bilíngue de Taguatinga confirmou o caso, mas não quis comentar o assunto, informando ainda que vai respeitar o espaço das famílias envolvidas.