Cidades

Hmib tem espera de 6 horas para atendimento de emergência durante madrugada

Pais lamentaram o longo período de espera. A Secretaria de Saúde nega falhas e garante que, no plantão, seis médicos realizaram os atendimentos de urgência

Luís Nova - Especial para o Correio, Otávio Augusto
postado em 27/05/2017 12:28
"Atenção, usuários, o tempo médio de espera é de seis horas", afirma o funcionário do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) pelo sistema de som. Cerca de 30 crianças, a mairoria bebês, aguardavam no colo de pais e mães atendimento médico na emergência pediátrica na madrugada deste sábado (27/5).
Espera ultrapassava 6h na emergência durante a madrugada

Momentos antes do anúncio, a equipe do Correio presenciou um atendente confirmando para uma mãe que o período de espera era de "cinco horas e meia". Depois, ele confirmou à mulher que esse longo peíodo de espera é batante comum no hospital.

O salgadeiro Francisco Jhonata da Silva Gonçalves, 21 anos, levou o filho, Enzo Gabriel, 2 anos e 11 meses, do Novo Gama para o HmiB. Ele chegou às 20h e até as 2h não havia sido atendido. "Eu me sinto injustiçado. Meu filho está com febre tem três dias e, até agora, nada. Ele dormiu de tanto esperar. Falaram pra eu dar banho nele e aguardar", reclamou.
Francisco Jhonata da Silva Gonçalves levou o filho, Enzo Gabriel, do Novo Gama. Ele chegou às 20h e, até as 2h, não havia sido atendido

[SAIBAMAIS] A sala de espera do Hmib ficou cada vez mais cheia à medida que a madrugada avançava. A escala dos médicos, fixada na porta de acesso aos consultórios, indicava que havia três profissionais de saúde trabalhando.
"Sem problemas"
Escala de médicos fixada na entrada da emergência do HmiB
Apesar das cenas presenciadas pela reportagem, a direção do Hmib garante que "não houve problemas" na madrugada deste sábado na unidade. O plantão foi composto, segundo a Secretaria de Saúde, por três ginecologistas e três pediatras no atendimento de pronto-socorro, com prioridade para pacientes classificados com maior gravidade.
A longa espera é atribuída pela pasta aos casos de menor gravidade, que poderiam ser atendidos em outros locais. "A Saúde orienta àqueles pacientes triados e classificados em verde e azul, que procurem as unidades básicas de saúde mais próximas de sua residência. Isso irá desafogar os prontos-socorros dos hospitais e agilizar o atendimento dos casos mais graves", explica a pasta em nota.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação