Cidades

Frentista é preso por clonagem de cartões em posto da Asa Sul

Funcionários se disseram surpresos com a prisão do colega, que trabalhava no local há oito anos. A polícia afirma que a atitude do frentista era independente do posto

Priscila Rocha - Especial para o Correio, Marlla Sabino - Especial para o Correio
postado em 13/07/2017 15:45
Frentista preso por clonagem de cartão de crédito em posto da 411 sul, em Brasília, enquanto a Polícia Civil realiza perícia

O frentista Ronaldo Júnior Dantas Nunes, 33 anos, foi preso, por volta das 14h30 desta quinta-feira (13/7), pela Polícia Civil, suspeito de clonar cartões dos clientes em um posto na Asa Sul. A polícia realizou perícia na hora e confiscou a máquina de clonagem. As autoridades afirmam que a atitude do frentista era independente do posto. O gerente e os outros funcionários se disseram surpresos com a prisão do colega, que trabalhava no local há oito anos.

A polícia chegou ao suspeito após a operadora de máquinas de cartão Rede perceber o extravio, em São Paulo, da máquina usada no crime. A empresa rastreava, em tempo real, quando o frentista passava o cartão das vítimas. A polícia observou a movimentação no estabelecimento comercial enquanto era avisada do momento exato em que as vítimas estavam usando o cartão.

A delegada Isabel Dávila Lopes de Moura disse que a polícia monitorava o posto desde junho, quando a empresa de cartões percebeu o extravio e fez a denúncia. O posto de gasolina não percebia a fraude, porque os criminosos conseguiam repassar o dinheiro das compras direto para a conta dos proprietários. ;Quando o frentista foi abordado, alegou que praticava o crime há um mês. Ele ganhava R$ 20 a cada boleto emitido;, contou.

A polícia investiga quantos clientes foram vítimas. Uma pessoa relatou que abastecia o carro no local e que teve o cartão clonado. A investigação vai apurar a existência de outras máquinas clonadas no Distrito Federal.


Como funcionava

O posto de gasolina atende os clientes com quatro máquinas de cartões, mas Ronaldo tinha mais uma, adquirida pelo extravio em São Paulo. Todos os dias ele levava o equipamento para o trabalho e fazia a troca antes de iniciar o expediente.

O cliente usava o cartão de modo normal, sem desconfiar de nada. A máquina tinha um chip, como os de celular, com acesso à internet. Os dados das vítimas eram passados aos criminosos de modo on-line e, a partir disso, a clonagem podia ser feita.

O frentista foi enquadrado no Artigo 298 do Código Penal, por falsificação de documento particular. A Polícia Civil vai investigar para quem eram repassadas as informações dos cartões e descobrir quantas pessoas participavam da operação criminosa.





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