Cidades

Testemunha depõe ao Ministério Público sobre estado de Luís na delegacia

Uma pessoa presente na 13ª Delegacia de Polícia na tarde em que Luís Cláudio foi colocado dentro da cela onde foi encontrado morto é ouvida no MPDFT

Carina Ávila - Especial para o Correio
postado em 20/07/2017 13:43
De acordo com testemunha, Luís Cláudio Rodrigues teria levado um golpe de Advogado da família do motorista terceirizado da Caixa Luís Cláudio Rodrigues ; encontrado sem vida na 13; Delegacia de Polícia ; afirma que uma testemunha que estava na delegacia dará depoimento sobre o caso ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no início da tarde desta quinta-feira (20/7). Segundo Paulo César Feitoza, representante legal da família da vítima, a testemunha passou a tarde da última sexta-feira (14/7) na delegacia para onde Luís Cláudio foi levado, após ser detido por conduzir embriagado e bater no carro de um sargento da Rotam, e presenciou a maneira como a situação foi conduzida até o momento do pagamento da fiança.

[SAIBAMAIS];Depor contra uma corporação nos deixa totalmente vulneráveis. A polícia tem tempo, dinheiro e armas para fazer o que quiser. Por isso, a testemunha prefere não se identificar;, diz Feitoza. O advogado adianta que a testemunha ouviu diversos diálogos entre os guardas da delegacia, durante os quais teriam dito que um escrivão havia perdido a paciência com as ;besteiras; que Luís Cláudio falava alcoolizado e teria dado uma ;gravata; nele para jogá-lo na cela.
O cunhado da vítima, Marcos Eustáquio, 48, também afirma ter ouvido o mesmo de guardas da 13; DP: Luís Cláudio provocou o escrivão, descrito como alto e forte, e este teria dado um golpe de ;gravata; no motorista para colocá-lo dentro da cela onde foi, posteriormente, encontrado sem vida. Eustáquio enfatiza que há outras testemunhas, presentes na delegacia no momento em que Luís Cláudio chegou algemado, com medo de depor. ;Minha família já sofreu ameaças. Passou um carro na frente da minha casa e gritaram de dentro dele: ;Está falando demais! Fica calado!’. O movimento na minha rua aumentou. Viaturas de polícia passam por aqui o tempo todo. As testemunhas estão certas de sentirem receio;, crava.

O Ministério Público disse ao Correio que não se pronunciará a respeito da intimação de testemunhas e informou em nota que ;os promotores responsáveis aguardam as conclusões das investigações para falar;.

Ajuda internacional


O advogado da família comenta ainda que planeja entrar em contato com organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. ;Os órgãos nacionais não querem apurar. Estão tentando tapar o sol com a peneira. Vou procurar o respaldo de instituições internacionais, pois as fotos que a família divulgou são evidências de violação de direitos humanos;, ressalta.

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