Cidades

Agefis retoma retirada de construções irregulares em parque no Guará

Ela havia sido suspensa no último dia 3 de julho, para retomar as negociações com os ocupantes. No entanto, as famílias não aceitaram os auxílios oferecidos e permanecem no local

postado em 24/07/2017 11:09
A ação começou em 9 de janeiro e, até o momento, foram desobstruídos 5.296.009,24 m², de um total de 5.473.283 m²
Após 21 dias parada, a operação de desobstrução de área pública no Parque Ezechias Heringer, nas proximidades do SOF SUL, foi retomada na manhã desta segunda-feira (24/7). A ação havia sido suspensa no último dia 3 de julho para retomar as negociações com os ocupantes. No entanto, mesmo depois de reuniões, as famílias não aceitaram nenhum dos auxílios oferecidos e permanecem no local.
De acordo com a Agência de Fiscalização do DF (Agefis), foram oferecidos alguns benefícios para os moradores do parque, como aluguel social e a inserção em programa habitacional com atendimento garantido em até 180 dias. Estes benefícios teriam sido oferecidos devido à condição precária das famílias e pelo tempo de moradia na área.
A operação começa com a desobstrução de empresas que estão no local, e que não se encaixam em nenhum programa de incentivo do governo. A ação começou em 9 de janeiro e, até o momento, foram desobstruídos 5.296.009,24 m;, de um total de 5.473.283 m;.

Acordo negado

De acordo com os ocupantes, a maior preocupação é para onde eles serão levados. O acordo oferecido pelo governo não foi aceito, sob a alegação de que não há um local para abrigá-los imediatamente. ;Nos foi oferecido um aluguel social e, após 180 dias, a possibilidade de sermos incluídos no Morar Bem. Mas quem garante que eles cumprirão com o combinado?;, questiona Leandra Mendanha, que está no local há mais de 16 anos.

[SAIBAMAIS]Já João Lins Alves, que foi removido, é dono de uma oficina no local há mais de 20 anos, e não sabe qual será o seu futuro. ;Não tenho perspectiva, provavelmente terei que mudar de ramo;, explica. O empresário afirma que mantinha um negócio no local e que, com a remoção, na avaliação dele, o governo também perde. ;Eu gero emprego, pago impostos, e o governo não deixou brecha para uma relocação. Agora é recomeçar;, lamentou.

A Agefis reforçou, por meio de nota, que 51 das 66 famílias que moram no local têm direito ao aluguel social. A agência completa que, até o momento, as famílias não aceitaram nenhum dos auxílios oferecidos. As operações seguem nesta terça-feira (25).

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