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Ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morre no Hospital de Base

Roger Pinto Molina sofreu uma parada cardiorrespiratória e não respondeu às manobras de reanimação. Ex-senador sofreu um grave acidente após a aeronave que ele pilotava cair em Luziânia, no Entorno do DF

Thiago Soares, Jacqueline Saraiva
postado em 16/08/2017 11:39

Senador boliviano Roger Pinto Molina havia pedido asilo ao Brasil em 2012

Após quatro dias da queda de um avião em Luziânia (GO), o ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, 57 anos, não resistiu e morreu na manhã desta quarta-feira (16/8) no Hospital de Base de Brasília (HBDF). Segundo informações da Secretaria de Saúde do DF, Roger Molina, que estava internado em estado gravíssimo, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não respondeu às manobras de reanimação. O óbito foi confirmado às 4h43. O corpo dele já foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) da Polícia Civil.




[SAIBAMAIS]Roger Pinto Molina sofreu um acidente aéreo após a aeronave em que ele estava, um avião de pequeno porte com o prefixo PU-MON, cair momentos depois da decolagem no Aeroclube de Luziânia, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave era pilotada por Molina. O avião caiu na cabeceira da pista e não houve explosão após a batida com o solo.

Ao ser resgatado, ele apresentava diversas lesões, mas estava consciente. Ele foi transportado de helicóptero para o Hospital de Base, onde estava internado até então, em estado gravíssimo.

A Força Aérea Brasileira (FAB) está responsável pela investigação do acidente. No domingo (13/8), investigadores do 6; Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeroáuticos (Seripa 6) foram para Luziânia realizar a primeira fase da apuração, por meio de registros. O objetivo da investigação realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e pelos seus Serviços Regionais, é prevenir novas ocorrências com características semelhantes.

Asilo no Brasil

O ex-senador ficou conhecido no país após viver mais de um ano asilado na embaixada brasileira em La Paz, na Bolívia, em 2012. Molina afirmava se sentir perseguido politicamente pelo governo do presidente Evo Morales. Ele conseguiu atravessar a fronteira para o Brasil de carro, em Corumbá (MS), numa viagem de cerca de 22 horas, com apoio de fuzileiros navais, de senadores brasileiros e do encarregado de negócios na embaixada brasileira em La Paz, Eduardo Saboia, em uma operação arriscada. De lá, ele seguiu de avião até Brasília.

O episódio abriu uma crise no governo da então presidente Dilma Rousseff e fez com que o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, perdesse o cargo.

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