Jéssica Luz- Especial para o Correio
postado em 09/09/2017 08:00
O período de estiagem, a seca e o calor já são características comuns do Distrito Federal. Mesmo sendo um evento natural que ocorre em todos os anos, as queimadas ainda assustam e trazem uma certa insegurança para quem mora em áreas com maiores chances de incêndios.
Na manhã de ontem, foi registrado um incêndio próximo a uma área florestal, localizada no Riacho Fundo I. Apesar da gravidade, o Capitão Ronaldo Reis, do Corpo de Bombeiros Militar do DF, garante que não há riscos para a população que mora perto, mas é importante manter a atenção no trânsito.
No período da tarde, dois focos de incêndio foram combatidos. O primeiro aconteceu no Incra 6, próximo ao local da Festa do Morango. O Corpo de Bombeiros controlou o incêndio e impediu que o fogo se alastrasse. Outro foco surgiu no Parque Ecológico do Guará, próximo ao ParkShopping. Duas viaturas e dez militares trabalharam no local para controlar as chamas e apagar o fogo.
O capitão Reis alertou que, mesmo com o período de estiagem e as altas temperaturas registradas nos últimos meses, 95% dos incêndios registrados pelo CBM durante o período têm como causa principal a ação humana.
De acordo com as planilhas de registro de ocorrências de incêndios do CBM de anos anteriores, o número de queimadas cresceu este ano. Se comparado com o mesmo período de 2016, houve um aumento de mais de 100% no número de ocorrências de focos que foram combatidos. Os números são alarmantes e servem de alerta para a população. Em agosto de 2016, foram registrados 1.528 casos. Em 2017, no mesmo período as ocorrências saltaram para 2.593 casos.
O calor continua
As altas temperaturas do mês de setembro vêm deixando o brasiliense em alerta e as possibilidades de chuva para os próximos dias são remotas. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcante, é possível que o período de estiagem seja interrompido no fim de setembro, mas essa não é uma certeza.
No início do mês, o Inmet registrou um de seus menores índices de umidade. No último dia 5, atingiu os 20%. O menor registro do ano, no entanto, ocorreu em 2 de agosto, com 10% de umidade. Com os índices baixos, é importante ficar atento ao risco à saúde trazido pela seca. O período de estiagem já alcançou a marca de 110 dias.
Índices da OMS
Umidade relativa do ar
Estado de atenção
30% a 20%
Estado de alerta
20% a 12%
20% a 12%
Estado de emergência
Abaixo de 12%