Cidades

Em tempos de crise hídrica, uso de água em prédio da CGU é questionado

Denúncias apontam que o órgão usa mais de 50 mil litros de água por dia. A CGU explica, no entanto, que a água é imprópria para consumo e é reaproveitada em outras atividades. Garante ainda que adota diversas medidas de uso racional do recurso

Yasmin Cruz*
postado em 13/09/2017 18:46
Em tempos de seca e racionamento no Distrito Federal, uma denúncia recebida, na manhã desta quarta-feira (13/9), revela um suposto desperdício no prédio do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), no Setor de Autarquias Sul. Denúncias de fontes que preferiram não se identificar apontam, ainda, que o órgão tem usado mais de 50 mil litros de água, por dia, para lavar a garagem do prédio. A CGU explicou que o procedimento citado é padrão para limpeza, reparação e, depois, reativação de dois reservatórios de água do local.


De acordo com o órgão, a água acumulada está imprópria para o consumo por estar parada há algum tempo. "Esclarecemos que o edifício possui três reservatórios principais, sendo uma caixa d;água superior e dois reservatórios inferiores, com cerca de 45 mil litros cada um", informou.

O órgão ressaltou que o esvaziamento dos reservatórios prevê a reutilização em atividades como lavagem de pisos e de automóveis, além de conservação dos gramados na área externa do edifício. Segundo a CGU, a prática é acompanhada por engenheiros e está programada para ocorrer ao longo de uma semana.
"Ressaltamos que o procedimento de reativação dos reservatórios inferiores é importante e necessário para conservação de reserva técnica, tanto para o consumo, quanto para situações de combate a incêndios, de acordo com padrões estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros", continua o texto.
Garantiu, ainda, que adota diversas medidas de uso racional da água. "Diante da recente crise hídrica no Distrito Federal, ressaltamos ainda que o Ministério da Transparência (CGU) tem investido na utilização racional e eficiente de água e de energia elétrica, como a instalação de torneiras automáticas e sensores de presença em todos os banheiros, bem como a utilização de lâmpadas e luminárias de alto desempenho energético."

Leia a íntegra da nota da CGU

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou, nesta quarta-feira (13), procedimento padrão para limpeza, reparação e posterior reativação de dois reservatórios de água localizados na parte inferior do Edifício Darcy Ribeiro, em Brasília (DF).

A água acumulada nos dois reservatórios inferiores está estagnada, sendo imprópria para consumo humano, já que a estagnação propicia o desenvolvimento de fungos e microrganismos nocivos à saúde. Esclarecemos que o edifício possui três reservatórios principais, sendo uma caixa d;água superior e dois reservatórios inferiores, com cerca de 45 mil litros cada um.

Ressaltamos que o procedimento de reativação dos reservatórios inferiores é importante e necessário para conservação de reserva técnica, tanto para o consumo, quanto para situações de combate a incêndios, de acordo com padrões estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros. Para tal reativação, o Ministério da Transparência (CGU) planejou as seguintes etapas:

- Esvaziamento dos reservatórios
- Inspeção para correção de eventuais problemas estruturais e impermeabilização
- Higienização dos reservatórios
- Instalação de tampa apropriada, para evitar o despejo de resíduos da limpeza do piso da garagem
- Reativação do uso regular dos reservatórios, por meio de bombeamento para o reservatório superior.

Dessa forma, o esvaziamento gradual dos reservatórios inferiores prevê a reutilização da água em atividades que não envolvam o consumo humano, a exemplo da lavagem de pisos e automóveis, além da conservação dos gramados na área externa do edifício. Todo o procedimento está sendo acompanhado por engenheiros do órgão, com programação para acontecer ao longo de uma semana.

Diante da recente crise hídrica no Distrito Federal, ressaltamos ainda que o Ministério da Transparência (CGU) tem investido na utilização racional e eficiente de água e de energia elétrica, como a instalação de torneiras automáticas e sensores de presença em todos os banheiros, bem como a utilização de lâmpadas e luminárias de alto desempenho energético. Além disso, o órgão realiza monitoramento diário do consumo de água e energia, de forma a permitir ações imediatas, em caso de índices de consumo acima da média.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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