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Polícia apreende Lamborghini de R$ 1,8 mi em investigação da Kriptacoin

Agentes apreenderam o carro em Anápolis. Segundo a polícia, o veículo era usado por Weverton Viana Marinho, apontado como líder de comercialização da moeda Kriptacoin

Isa Stacciarini
postado em 22/09/2017 16:26

No vidro traseiro o veículo trazia a marca Kriptacoin

A ostentação e a vida luxuosa dos supostos estelionatários responsáveis pela comercialização da moeda Kriptacoin surpreende até a polícia. Nesta sexta-feira (22/9), agentes da Coordenadoria de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) apreenderam uma Lamborghini avaliada em R$ 1,8 milhão. O carro estava escondido em Anápolis (GO) e, segundo invesigadores, iria para Goiânia (GO) ainda nesta sexta. A capital do estado é outro local onde o grupo também atuava. O veículo deve chegar ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) no fim da tarde.


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[SAIBAMAIS]O carro era usado, segundo a polícia, por Weverton Viana Marinho, o homem que seria o cabeça do esquema, mas não estava em nome dele. No vidro traseiro o veículo trazia a marca Kriptacoin. Segundo investigadores, os acusados de esconder o automóvel podem responder pelo crime de obstrução a Justiça.

Em redes sociais, Weverton sempre dava publicidade ao investimento e postava fotos dirigindo carros como Ferrari e Porsche, além de mostrar relógios caros e roupas de marca. O irmão dele, Welbert Richard Viana Marinho, seria o vice-presidente da empresa e ;mentor intelectual do crime;, segundo a Polícia Civil.

De acordo com as investigações, o grupo usava nomes e documentos falsos e empresas em nome de terceiros para atrair investidores. A promessa era de lucro de até 1% ao dia. O capital era movimentado em várias contas para ocultar o que se ganhava com os golpes. No DF, os criminosos usavam contas de uma academia de ginástica e de lanchonetes para fazer a lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, a negociação da moeda virtual representa um crime contra a economia popular e estelionato.

Entenda o caso

Na manhã de quinta-feira (21/9), o esquema de estelionato e lavagem de dinheiro por meio de uma pirâmide financeira denominada Kriptacoin, com venda de moeda digital, foi desbaratado pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e pela Polícia Civil do DF. A fraude pode ter causado prejuízo a 40 mil investidores.


Treze suspeitos de integrarem o esquema como cabeças ou laranjas foram alvos de prisão preventiva. Policiais também cumpriram 16 mandados de busca e apreensão, na Operação Patrick. As medidas ocorreram no Distrito Federal, Águas Lindas e Goiânia. O juiz da 8; Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani, decretou também a quebra do sigilo das redes sociais dos investigados e o bloqueio de bens, entre os quais carros de luxo e um helicóptero.

A organização criminosa enganava consumidores prometendo lucros exorbitantes (1% ao dia) e captavam investidores para apostar no negócio fácil. Chegaram a conseguir R$ 5 milhões somente neste ano. Segundo a representação policial, a pirâmide está prestes a ruir, o que causará prejuízos aos consumidores que não conseguirão sacar seus investimentos, uma vez que o negócio é insustentável.

O consumidor era lesado ao realizar a negociação de moeda virtual denominado ;mineração;. A maioria dos investimentos, segundo suspeita dos investigadores, não era resgatada. Quem investe recursos não prática crimes. Apenas quem causa prejuízo ao consumidor.

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