Cidades

Incêndio na Chapada é extinto, mas área continua sob monitoramento

Chuvas ajudaram no combate aos focos de fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. No entanto, aviões e equipamentos de combate ao fogo permanecem sobrevoando a área

Renata Rusky enviada especial
postado em 29/10/2017 15:16
Bombeiros de Goiás confirmam que incêndio da Chapada está extinto
Nesta manhã de domingo (29/10), por volta de meio dia, um comando unificado sobrevoou a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e, segundo o capitão dos bombeiros de Goiás Pedro Neri, concluiu-se que não há mais focos de fogo dentro do parque. Ele explicou que uma chuva intensa neste sábado (28/10) teria ajudado no combate aos incêndios. Espera-se mais uma neste domingo (29/10).
Se confirmada, as tropas devem se desmobilizar nesta segunda-feira (30/10). Como o representante do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) estava também no vôo, a assessoria de comunicação do órgão afirmou que só vai oficializar a informação de que os incêndios estão extintos nesta segunda-feira (30/10). Há a expectativa de que o parque seja reaberto na próxima quarta-feira (1;/11), véspera de feriado.
No entanto, aviões e equipamentos de combate ao fogo permancem monitorando a área. Ainda assim, o ICMBio está otimista, já que continua chovendo na região. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal também auxilia nos trabalhos.

Entenda a situação

Há quase três semanas, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a maior reserva de cerrado do mundo, tem variados focos de incêndio. Eles já comprometeram mais de 28% da vegetação natural do local. Profissionais do Ibama e do ICMBio estimam até 18 meses para a recuperação da vegetação rasteira do Parque Nacional. ;Na primeira semana de chuva, o verde brota nessas localidades. O restante, porém, vai levar de um ano a um ano e meio;, comentou Christian Berlinck, coordenador de prevenção e combate a incêndio do ICMBio, que esteve à frente da força-tarefa de combate ao incêndio na Chapada.
Já para recuperação completa da fauna e flora da unidade, estima-se 10 anos. ";Dependerá de muitos fatores. O cerrado é como um mosaico de diversas variedades vegetais, campestres, florestais e savânicas. Teremos de ver sua capacidade de regeneração;, explicou", explica Fernando Tatagiba, diretor do Parque.

Suspeita de fogo criminoso

Moradores da região afirmam ter visto um motociclista com um galão de gasolina às margens da GO-118, entre Alto Paraíso e Cavalcante, em 17 de outubro, local e data de início da mais recente e maior queimada da história da reserva natural. A informação é apurada pela Polícia Civil de Goiás. Caso seja comprovado que o incêndio foi criminoso e os envolvidos identificados, eles vão responder por dano ao parque, infringir a Lei de Crime Ambiental e por causar incêndio, expondo a coletividade a riscos.

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