Cidades

Passageira passa mal e desmaia dentro de vagão superlotado do Metrô-DF

Os próprios passageiros tentaram socorrer a mulher. Os trens do metrô estão mais lotados que o comum nos horários de pico desde que os metroviários deflagraram greve, na semana passada

Hellen Leite
postado em 14/11/2017 17:25 / atualizado em 17/09/2020 12:11

Com a paralisação, 18 trens rodam somente em horários de pico: das 6h às 10h e das 16h30 até as 20h30. Todos superlotados

Uma passageira passou mal e desmaiou dentro de um trem lotado na manhã desta segunda-feira (14/11). O incidente aconteceu entre a estação Praça do Relógio, em Taguatinga, e a estação Águas Claras, por volta das 8h da manhã. A mulher perdeu a consciência e caiu entre os passageiros que se apertavam no transporte. O trem estava mais cheio que o normal, devido à greve dos metroviários que se arrasta desde a última quinta-feira (9/11).

 

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O estudante Paulo André, de 23 anos, depende do metrô para ir e voltar da faculdade e estava no mesmo vagão onde a mulher desmaiou. Segundo ele, a superlotação e a temperatura no local no horário de pico beirava o insuportável. "O metrô é absurdamente cheio nesse horário, mas hoje estava especialmente lotado por causa da greve. Faltava só sair vapor de dentro do vagão, muito quente;, conta.

 

[SAIBAMAIS] Na hora do incidente, os próprios passageiros tentaram prestar os primeiros socorros à mulher. ;Dois passageiros que ajudaram a carregar ela para fora, inclusive, não conseguiram voltar para o trem, já que o vagão ficou lotado assim que carregaram a mulher desmaiada pra fora;, detalha.

Segundo o estudante, apenas um funcionário do metrô apareceu para ajudar no socorro na estação de Águas Claras. ;Acho que deveria ser procedimento padrão que num caso de emergência desses tenha uma equipe ali, pronta pra qualquer coisa;.

 

De acordo com o Sindmetrô (Sindicato dos Metroviários), diante da falta de uma proposta concreta do Governo do Distrito Federal (GDF), os metroviários decidiram manter a paralisação em uma assembleia realizada na noite de segunda. A categoria não pretende abrir mão de ter atendidas as reivindicações de reajuste salarial e contratação de concursados.

 

Ao Correio, o Metrô-DF garantiu não ter registrado nenhuma ocorrência desse tipo na manhã desta terça-feira. Segundo a empresa, independentemente da greve, há sempre um funcionário do órgão em todas as estações em funcionamento para efetuar socorro aos passageiros se necessário.

 

Com a paralisação, os trens rodam somente em horários de pico: das 6h às 10h e das 16h30 até as 20h30, com 18 trens. Até a publicação dessa reportagem, a assessoria de imprensa do Metrô-DF não tinha informações sobre o incidente.

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