Cidades

Greve do metrô: estações abertas, mas com tempo de espera alto

Seguindo liminar do TRT, metrô abre as 24 estações durante toda a sexta-feira. Com menos trens circulando, tempo de espera aumenta

Augusto Fernandes
postado em 24/11/2017 08:08
Trens ficam cheios nos horários de pico. Metrô e sindicato cumprem liminar do TRT para não interromper a circulação dos veículos, mesmo com a categoria ainda em greve
As 24 estações do metrô estão abertas para embarque e desembarque na manhã desta sexta-feira (24/11), 16; dia da greve dos metroviários. Ao todo, 18 dos 24 trens circulam até as 8h45, quando o efetivo cai para apenas cinco. Neste primeiro horário de pico, o tempo de espera nas estações varia de seis a 12 minutos.


[SAIBAMAIS]O efetivo só volta a funcionar em 75% a partir das 16h45. Depois, das 19h30 às 23h30, somente três veículos circulam pelas 24 estações, o que aumenta o tempo de espera para até uma hora.

A medida atende à da 10; Região (TRT/10). A decisão obriga tanto o Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô) quanto o Metrô/DF a garantirem o funcionamento de, ao menos, 75% dos trens nos horários de pico e 30% fora deles.

O funcionamento reduzido do metrô não significa que a greve tenha acabado, e a disputa entre sindicato e Governo continua no tribunal. Os metroviários pedem a nomeação de novos servidores e o reajuste fixado em 2015 com a estatal.

Passageiros reclamam da demora


A demora extra irritou os passageiros nesta manhã. O estudante de design gráfico Brendon Carlos reclamou do tempo de espera, que dobrou. "Antes, eram aproximadamente sete minutos entre um veículo e outro, mas tive que esperar 15 minutos pelo trem de Ceilândia. Durante esse tempo, passaram alguns metrôs vazios, que estavam fora de circulação", relata.

Enquanto a greve não acabar, Brendon vai recorrer aos ônibus. Contudo, ele espera por uma definição dos rumos da greve no menor tempo possível. "Eu moro em Ceilândia e estudo na Asa Sul. Nesta semana, eu quase perdi uma prova porque fiquei três horas dentro do ônibus. Essa greve me complica muito. Eu sou dependente do metrô", desabafa.

O servidor público José Almeida também aguarda uma solução para problema. "Eles (o sindicato) estão pedindo coisas mais do que justas, como contratação de funcionários. Eles estão sobrecarregados, e falta gente nas estações. Na 108 Sul, por exemplo, as catracas ficam abertas à noite, pois não tem ninguém para fiscalizar". Além disso, ele acredita que o serviço dos ônibus deixa a desejar.


DER/DF mantém faixas exclusivas liberadas


Apesar da volta parcial do metrô, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) manteve a liberação das faixas exclusivas na EPTG e na EPNB. A medida vale até as 23h59 desta sexta-feira.

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