Cidades

Militar que atropelou e matou mulher na Esplanada estava a 245 km/h

Peritos fizeram exames no local do acidente em 22 de dezembro do ano passado. No documento, de 11 folhas, comprova-se que motocicleta, uma Kawasaki Ninja VX 10 R era capaz de atingir a velocidade de até a 300 km/h

Isa Stacciarini
postado em 18/01/2018 17:26
Motocicleta da marca Kawasaki Ninja ZX 10 R chegava a 300 km/h
O motociclista que provocou um grave acidente no Eixo Monumental, ao lado do Palácio do Planalto, e matou uma servidora do Governo do Distrito Federal (GDF), estava a 245 km/h na hora da colisão. As informações são do laudo da Polícia Civil, divulgado nesta quinta-feira (18/1). Peritos do Instituto de Criminalística (IC) fizeram exames no local crime, em 22 de dezembro do ano passado. No documento, que tem o total de 11 folhas, detalha-se que a motocicleta, uma Kawasaki Ninja ZX 10 R, então pilotada por Rogério Soares Carvalho Silva, 38 anos, chegava até a 300 km/h. O militar, que era do Exército Brasileiro, também morreu.
[SAIBAMAIS] O laudo é uma peça importante do inquérito que está na 5; Delegacia de Polícia (Setor Central). Outro documento, este elaborado por peritos do Instituto de Medicina Legal (IML), confirmou que o motociclista não estava sob efeito de álcool nem de outras drogas. Com a conclusão da investigação, a expectativa é que o caso seja remetido à Justiça em até 20 dias. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) pode decidir pela extinção da punibilidade, uma vez que o responsável pela tragédia não sobreviveu.

Rogério chegou a ser socorrido no Hospital de Base do Distrito Federal, mas não resistiu. No laudo consta que ele teve politraumatismo. No dia do acidente, testemunhas disseram aos investigadores que o veículo seguia em alta velocidade, bem acima do limite da via, 60km/h.

Depois de atropelar a servidora da Secretaria de Cultura, Beatriz de Souza Santos, 56 anos, o motociclista perdeu o controle do veículo e atingiu a parada de ônibus que fica entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. A motocicleta só parou após atingir um bueiro.

Relembre o caso

O acidente ocorreu por volta das 18h de 29 de outubro do ano passado. Ao avistar a moto, Beatriz tentou correr, mas não deu tempo. O impacto do atropelamento foi tão forte que a mulher teve a perna direita decepada. Os destroços da motocicleta ficaram espalhados pela via. A maior parte do veículo parou a 130m de distância do ponto onde atingiu a pedestre. Não havia ninguém na garupa da motocicleta.

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