Cidades

Evento reúne UnB, GDF e sociedade para discutir mobilidade urbana no DF

Os debates serão voltados para a inclusão de surdos, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção na mobilidade urbana e transporte público da capital

Luiz Calcagno
postado em 21/02/2018 12:06

Seminário discutirá a inclusão social de vários setores da sociedade na mobilidade urbana

Um seminário da Universidade de Brasília (UnB) vai discutir equidade e inclusão social no sistema de transporte brasiliense. Os debates serão voltados para o direito de vários setores da comunidade ao transporte, como torná-lo mais igualitário,inovações e tecnologias que favoreçam a inclusão na mobilidade urbana, tendo como protagonistas pessoas surdas, idosas e com dificuldades de mobilidade.



[SAIBAMAIS]O 2; Seminário de Acessibilidade e Mobilidade Urbana na Perspectiva da Equidade e Inclusão Social será realizado pelo Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da UnB e acontecerá nos dias 7 e 8 de março. O evento dá continuidade aos debates do primeiro encontro, voltado para a inclusão da pessoa surda na mobilidade urbana.

Em ambos os casos, a intenção é unir a sociedade, o governo e a universidade na conversa. E oferecer soluções técnicas e científicas para problemas sociais relativos à mobilidade urbana e ao transporte público.

Mobilidade para todos

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Transportes e pesquisadora do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da UnB, Adriana Modesto explica a importância do evento. ;A partir da perspectiva do sanitarista, de inclusão social, equidade, participação, nos sentimos na necessidade de oferecer um retorno social dando voz a segmentos sociais que, de certa forma ficam a margem de quando se pensa em mobilidade urbana;, destaca.

;As pessoas experimentam a mobilidade urbana de forma diferenciada. Uma pessoa surda tem necessidades que, quando um gestor ou planejador em transportes vai pensar nem um projeto, tem que levar em consideração. Bem como uma pessoa com mobilidade reduzida. Um idoso, por exemplo, atravessa uma rua mais devagar que um jovem. Começamos a nos sentir provocados a dar visibilidade para esses segmentos.;

O primeiro seminário deu origem a um livro com soluções de mobilidade urbana e inclusão social e o mesmo deverá ocorrer como resultado do novo encontro. ;No ano passado, a proposta era discutir a mobilidade urbana na perspectiva da pessoa surda. Conseguimos trazer um público bastante diversificado, e realizamos uma oficina para criar um sinal terno para a Libras, para cunhar termos relacionados à mobilidade urbana. O coordenador é o professor Pastor Willy Gonzales Taco;, observa.

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