Cidades

"O DER é inocente", afirma Henrique Luduvice, ex-diretor da autarquia

O ex-diretor foi enfático ao afirmar, durante audiência pública na Câmara Legislativa, que não tinha verba disponível para a reforma do local

Bruno Lima - Especial para o Correio
postado em 22/02/2018 15:05
Viaduto desaba no Eixão Sul

Demitido do cargo de diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) do DF um dia após a queda do viaduto da Galeria dos Estados, Henrique Luduvice saiu em defesa da autarquia e reafirmou que a manutenção da estrutura não era de responsabilidade do órgão. "O DER é inocente", afirmou ele, durante audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (22/2), na Câmara Legislativa.

[SAIBAMAIS]Luduvice alegou que o DER convidou e pagou passagem para o engenheiro calculista Bruno Contarini - responsável pelo projeto de construção do viaduto - vir a Brasília avaliar o que sobrou da estrutura. O ex-diretor foi categórico ao afirmar que não tinha verba disponível para a reforma do local e que, durante os três anos em que esteve no comando da autarquia, foram empenhados R$ 224 milhões para a manutenção de estruturas viárias no DF. "O DER não tinha recursos previstos para restaurar aquele viaduto", afirmou. Luduvice ainda defendeu o DER dizendo que não houve omissão. "O DER cumpriu a sua parte", concluiu.

O presidente da Novacap Júlio Menegotto rebateu os argumentos e alegou que está previsto no estatuto do DER a manutenção de obras de arte especiais, categoria do viaduto em questão. "Obras de artes especiais é uma atribuição do DER. É claro que o DER tinha conhecimento da situação", ressaltou.

Desabamento


Em 6 de fevereiro deste ano, parte do viaduto da Galeria dos Estados, que possibilita o trânsito sob o Eixão Sul, no centro de Brasília, desabou e abriu uma cratera. Um bloco de concreto caiu sobre carros que estavam estacionados sob o viaduto. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido. Ao menos quatro carros foram esmagados.

Ao visitar o local, o governador Rodrigo Rollemberg admitiu que o viaduto não recebeu manutenção recentemente e, quando deixava o local, o governador foi vaiado por populares. O GDF anunciou um plano emergencial para recuperar o viaduto.

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