Ciência e Saúde

Trio recebe o Nobel de Física por descoberta sobre a expansão do Universo

Agência France-Presse
postado em 04/10/2011 09:06

Estocolmo - O prêmio Nobel de Física de 2011 foi concedido aos americanos Saul Perlmutter e Adam Riess, além do australiano-americano Brian Schmidt, pela descoberta da expansão acelerada do Universo, anunciou nesta terça-feira (4/10) o Comitê Nobel em Estocolmo.

"Estudaram dezenas de explosões de estrelas, chamadas supernovas, e descobriram que o universo se expande a uma velocidade em permanente aceleração", afirma um comunicado do comitê. "Observando um tipo particular de supernova, descobriram mais de 50 supernovas afastadas e cuja luz era menos intensa que o esperado: era um sinal de que a expansão do universo estava acelerando".

As supernovas do tipo 1A são consideradas como pontos de referência do Universo, explosões de estrelas cujas luminosidades são bem conhecidas e servem para medir distâncias. O fato de que sua luz fosse menos intensa do que o esperado implicava que estavam mais longe do que se acreditava, e que se afastavam mais rapidamente em consequência da aceleração da expansão do universo.

"Há um século se sabia que o Universo estava em expansão desde o Big Bang, que aconteceu há 14 bilhões de anos", afirma o comunicado. "No entanto, a descoberta de que esta expansão se acelera é surpreendente. Se a expansão continuar acelerando, o universo acabará em gelo", completa o texto do comitê.

[SAIBAMAIS]Saul Perlmutter nasceu em 1959 em Champaign-Urbana (Illinois, Estados Unidos) e é professor de Astrofísica na Universidade de Berkeley, Califórnia. Adam Riess, nascido em 1969 em Washington, é professor de Astronomia e Física na Universidade John Hopkins de Baltimore (Estados Unidos). Brian Schmidt nasceu em 1967 em Missoula (Montana, Estados Unidos) e dirige a equipe de pesquisas sobre supernovas na Universidade Nacional Australiana de Weston Creek.

"Eu me sinto um pouco como quando nasceram meus filhos, com os joelhos tremendo, muito excitado, muito feliz", declarou por telefone o professor Schmidt, contactado pela Academia Nobel.

"São 21 horas aqui. Acredito que amanhã festejaremos. Na verdade, amanhã viajo justamente para um curso de cosmologia sobre este tema", completou.

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