Ciência e Saúde

Estudo desenvolve nanopartícula que leva medicamento a células cancerígenas

Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto busca desenvolver nanopartícula capaz de levar medicamento diretamente a células cancerígenas e, assim, diminuir efeitos colaterais do tratamento

postado em 14/04/2012 08:00

A luta pela recuperação da saúde do paciente pode ser comparada a uma guerra. O remédio é a bomba e a doença, o alvo a ser abatido. Por causa da baixa capacidade de direcionar o projétil para o ponto que se mira, toda explosão atinge locais que deveriam continuar ilesos. Essas imprecisões causam os efeitos colaterais adversos do uso do medicamento. No tratamento do câncer, por exemplo, a quimioterapia busca impedir a proliferação das células doentes, mas acaba matando tecidos normais, o que causa perda de cabelo e peso, anemia, náuseas e vômitos.

Em Minas Gerais, um estudo científico desenvolvido na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) pretende usar a nanotecnologia para aumentar a eficácia dos fármacos empregados no combate ao câncer e reduzir os efeitos colaterais. A ideia é fazer a bomba atacar somente os vilões. O composto ativo administrado pelo médico seria transportado até as células doentes dentro de cápsulas de dimensões microscópicas, as nanopartículas, e ativado por um raio laser. As substâncias passariam a atacar a enfermidade ao serem estimuladas pela luz, técnica chamada de terapia fotodinâmica.

Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto busca desenvolver nanopartícula capaz de levar medicamento diretamente a células cancerígenas e, assim, diminuir efeitos colaterais do tratamento

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