Ciência e Saúde

Alterações nas mitocôndrias podem explicar motivo de mulheres viverem mais

Roberta Machado
postado em 30/08/2012 08:00
Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa média de vida dos homens no país, em 2010, era de quase 70 anos, enquanto esperava-se que as mulheres morressem somente pouco depois que completassem 77 anos. Nos países desenvolvidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que elas vivem, em média, seis anos mais que eles. Esse padrão desigual se repete há décadas, levantando diversas teorias sobre a longevidade feminina. Desde os hábitos alimentares à prática de exercícios, muitos fatores são apontados como causas dessa vantagem das mulheres. Pesquisadores australianos, no entanto, divulgaram uma pesquisa que indica um motivo muito mais profundo: defeitos genéticos podem ser os responsáveis por roubar algum tempo de vida dos homens.

A hipótese surgiu a partir de um experimento com moscas. Cientistas da Monash University, na Austrália, analisaram a expectativa de sobrevivência de 15 mil desses insetos e compararam os resultados entre os dois gêneros. Enquanto os machos viviam por, no máximo, 55 dias, algumas fêmeas resistiam até o 66; dia. As moscas do sexo feminino também costumavam morrer em uma época mais similar umas às outras, em contraste com os padrões de vida masculino, que variavam muito de acordo com a linhagem de cada mosca.

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