Ciência e Saúde

Fraude da paleontologia, o crânio de Piltdown completa 100 anos

Paloma Oliveto
postado em 13/12/2012 09:56
Reconstituição do crânio de Piltdown: metade homem, metade macacoA história da busca pela origem do homem é marcada por pesquisadores obstinados e suas descobertas extraordinárias. Nem todos os episódios dessa longa e interminada jornada, contudo, são dignos de orgulho. Há 100 anos, ocorria uma fraude que até hoje envergonha e intriga a comunidade científica: o anúncio de um esqueleto que, metade homem, metade macaco, seria o verdadeiro elo perdido da evolução.



Era 18 de dezembro de 1912 quando uma reunião na tradicional Sociedade Geológica de Londres apresentou ao mundo o chamado Homem de Piltdown. Sob o olhar admirado dos cientistas, o colecionador de fósseis inglês Charles Dawson e o renomado paleontólogo Arthur Smith Woodward abriram uma caixa contendo ossos com traços humanos e simiescos, que haviam sido escavados na cidade de Piltdown, na Inglaterra. O crânio sugeria um cérebro idêntico ao do Homo sapiens, mas encaixava-se com perfeição na mandíbula de um macaco.

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