postado em 09/09/2013 09:23
Belo Horizonte - Uma fórmula de baixo custo, que aproveita cascas de ovos de galinha, pode dar novos rumos à produção de biocombustíveis. Em vez de irem para o lixo, as toneladas de restos desperdiçadas pela indústria de alimentos, como a de bolos e biscoitos, podem servir para a produção de um pó usado na fabricação de biodiesel. O novo produto, à base de gliceróxido de cálcio, age em substituição aos catalisadores homogêneos (líquidos), comumente usados na indústria, mas que geram muitos resíduos e impactos ao meio ambiente.
A proposta de tecnologia limpa foi desenvolvida no Laboratório de Ensaios de Combustíveis do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (LEC/UFMG) e financiada com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por meio de um programa de formação de recursos humanos.
Os catalisadores são substâncias que aceleram a reação química, por reduzir a energia necessária ao processo e aumentar sua velocidade. Atualmente, as fórmulas líquidas prevalecem na produção do biodiesel pela facilidade de se misturarem com os outros componentes ; o óleo e o álcool ;, que se encontram também na fase aquosa. No entanto, pesquisas no mundo inteiro são desenvolvidas com o intuito de se chegar a produtos heterogêneos tão eficientes quantos os líquidos e que tenham separação simplificada. Isso porque, no fim da produção, os catalisadores precisam ser retirados do combustível. ;Enquanto os produtos homogêneos exigem sucessivos processos de lavagem que geram grandes volumes de resíduos aquosos, os heterogêneos requerem apenas a filtragem para separação;, explica a professora Vânya Pasa, que realizou a pesquisa com o aluno de graduação Gustavo Pereira dos Reis, do 7; período do curso de química tecnológica.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.