Ciência e Saúde

Satélite pode conter água no subsolo com condições de abrigar vida

Após diversas medições, os especialistas concluíram que um grande volume de água no interior da lua saturnina explicaria tanto essas alterações como o vapor detectado em 2005

Isabela de Oliveira
postado em 04/04/2014 06:30
Tudo começou em 2005, quando a sonda Cassini, enviada pelas agências espaciais dos Estados Unidos, da Europa e da Itália, observou vapor saindo de Enceladus, uma das menores das mais de 60 luas de Saturno. O material escapava por entre as Listras de Tigre, como são chamadas as fraturas na superfície congelada do objeto. A partir daí, a história do pequeno satélite ; apenas 500km de diâmetro ; passou a merecer mais atenção. Alguns sobrevoos mais tarde, o equipamento fornece novas informações que deixaram os responsáveis pelo projeto entusiasmados: há fortes indícios de que Enceladus possui um oceano subterrâneo em seu polo sul, possivelmente com condições de abrigar vida. Os resultados foram publicados na edição de hoje da revista Science.



Após diversas medições, os especialistas concluíram que um grande volume de água no interior da lua saturnina explicaria tanto essas alterações como o vapor detectado em 2005

Desse modo, o corpo celeste entra em uma seleta lista de locais onde há sinais de que condições favoráveis à vida existem fora da Terra. Nesse rol, estão Titã e Europa, satélites de Saturno e Júpiter, respectivamente, além de Marte, onde esse cenário positivo para o aparecimento de organismos certamente existiu no passado.

A sonda observa Saturno e seus satélites há uma década, tempo suficiente para que a equipe coordenada por Luciano Iess, da Universidade de Roma, interpretasse os dados e percebesse anomalias no campo gravitacional de Enceladus. Após diversas medições, os especialistas concluíram que um grande volume de água no interior da lua saturnina explicaria tanto essas alterações como o vapor detectado em 2005.

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