Ciência e Saúde

Catálogo reúne espécies de pássaros na Reserva Mata do Passarinho

Um dos destaques é o raríssimo entufado-baiano, ameaçado de extinção

Marcus Celestino, Estado de Minas
postado em 06/05/2014 07:00
Belo Horizonte - Com 650 hectares, a Reserva Mata do Passarinho, localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, é um alento para os que se preocupam com a preservação não somente da flora, mas também da fauna brasileira. A área, protegida pela ONG Fundação Biodiversitas, abriga 319 espécies de aves devidamente catalogadas, sendo que 38 delas são muito vulneráveis à extinção. Para divulgá-las, a organização preparou o Guia fotográfico da Reserva Mata do Passarinho, assinado pelos ecólogos Thais Aguilar e Alexandre Enout e pelo fotógrafo Ciro Albano.

Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)

;O objetivo (do guia) é divulgar o trabalho de conservação do remanescente florestal do Baixo Jequitinhonha e do grande número de espécies raras no local. Além disso, queremos mostrar a conservação do entufado-baiano (Merulaxis stresemanni) e estimular o ecoturismo na reserva, pois é um local de extrema importância para tal;, diz Enout. A ave citada pelo autor é exclusiva da Reserva Mata do Passarinho, e oito indivíduos são monitorados constantemente. Estima-se, porém, que cerca de 30 animais da espécie vivam na área. ;Acreditamos que exista uma população maior, pois o entufado, além de raríssimo, é uma ave difícil de ser observada, pois fica nas áreas fechadas da floresta;, complementa Enout.


Grande vedete do livro, o pássaro foi redescoberto em 2005 pelo ornitólogo Rômulo Ribon, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A espécie foi descrita pela primeira vez em 1960, por Helmut Sick, especialista alemão que partiu de exemplares coletados em Salvador e Ilhéus, na Bahia, nas décadas de 1830 e 1940, respectivamente. Depois disso, a ave voltou a ser registrada em 1995 pelo francês Gerard Baudet, na Fazenda Jueirana, localizada em Una, município baiano próximo de Minas Gerais. Depois de inúmeras tentativas, o entufado só foi avistado 10 anos mais tarde na cidade de Bandeira, situada às margens do rio de mesmo nome e do Rio Rubim, no Vale do Jequitinhonha.

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