Ciência e Saúde

Desigualdade social acompanha a humanidade há cerca de 14 mil anos

A revista Science lança edição especial em que especialistas debatem o tema

Vilhena Soares
postado em 23/05/2014 08:29
A desigualdade é uma marca do mundo atual. Em um planeta com 7 bilhões de pessoas, 1,5 bilhão delas vivem com menos de US$ 1 por dia, o que as coloca abaixo da linha da pobreza, segundo critério estabelecido pelo Banco Mundial. A comparação pode ser feita também entre países. Em 10 nações africanas, o Produto Interno Bruto (PIB) por cada cidadão é menos que 10% do PIB per capita dos Estados Unidos. Dados que denunciam a disparidade não faltam. Saúde infantil, acesso a serviços como saneamento básico, expectativa de vida; Em alguns lugares, sobra; em outros, falta. Qual a origem da diferença nas condições de vida entre os seres humanos? Ela está diminuindo? Que fatores ajudam a mantê-la?

Uma das mais renomadas revistas científicas do mundo, a Science traz em sua edição de hoje uma série de artigos e estudos que buscam responder essas questões. E as conclusões não são muito animadoras. A distância entre ricos e pobres tem aumentado na maioria dos lugares (leia mais ao lado), e pesquisas apontam também que o problema acompanha a humanidade há pelo menos 14,5 mil anos.



Em uma das seções da edição especial da revista, é destacado o trabalho de antropólogos e arqueólogos que, literalmente, desenterram provas de que há muito tempo a divisão de bens entre os homens não é justa. Durante muito tempo, acreditou-se que o problema era resultado da introdução da agricultura, há 10,5 mil anos. A divisão desigual de terras teria levado a formas mais ou menos confortáveis de vida. No entanto, escavações mostram indícios de disparidades já entre os natufianos, povo caçador-coletor que viveu entre 11 mil e 15 mil anos atrás na região onde hoje ficam a Palestina e o sul da Síria.

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