Ciência e Saúde

Aumento da temperatura global pede investimentos na área da saúde

No Brasil, estudo mostra que, no fim do século, gastos do SUS com internações por dengue e leishmaniose podem aumentar 275% e 57%, respectivamente

Paloma Oliveto
postado em 19/08/2014 09:14
Há muito tempo, cientistas e ambientalistas avisam: o planeta vai cobrar caro pelas agressões sofridas. E sobrará para todos, poluidores ou não. Mais vulneráveis aos impactos das mudanças de temperatura e precipitações, países que pouco ou nada contribuíram para a liberação de gases do efeito estufa na atmosfera poderão pagar tanto ou ainda mais que os grandes emissores. Embora não seja fácil fazer os cálculos, estudos econômicos preveem que os gastos com as consequências das mudanças climáticas provoquem, nos cofres públicos, um rombo maior do que o causado na camada de ozônio.

[SAIBAMAIS]Os impactos econômicos vão variar regionalmente, mas projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas indicam que, em média, as perdas globais com um aumento de 4;C na temperatura abocanhará entre 1% e 5% do Produto Interno Bruto (PIB) das nações. Os cálculos consideram apenas as perdas, ficando de fora o que será necessário investir em políticas de adaptação e mitigação.


Na saúde, é ainda mais complicado estimar o custo das mudanças climáticas. ;O público em geral e mesmo os formuladores de políticas geralmente não compreendem o que está por trás dos valores;, destaca o economista desenvolvimentista Guy Hutton, do Banco Mundial, no artigo A economia da saúde e das mudanças climáticas: evidências chaves para tomada de decisões. O especialista salienta que não há um padrão metodológico - enquanto alguns estudiosos se concentram nos custos diretos, como gastos com hospitalização, internação e medicamentos, outros se dedicam às perdas com seguro saúde e aposentadorias precoces, por exemplo.

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