Ciência e Saúde

Mudar de rotina demanda planejamento e disposição, dizem especialistas

O projeto precisa ter etapas e, sempre que possível, envolver outras pessoas

postado em 26/08/2014 09:55
Acordar, tomar banho, escolher a roupa, colocar a água para esquentar, tomar café, ir ao trabalho. Por mais que um dia seja diferente do outro, certos comportamentos se repetem. Às vezes, ficam tão naturais que são realizados inconscientemente. E, por mais que sejam práticos, podem ser tão difíceis de mudar que as pessoas abrem mão de uma boa atitude diária, como praticar exercícios físicos regularmente, por um hábito ruim, ver televisão em excesso, por exemplo. Mas há solução para a empreitada. Wendy Wood apresentou na convenção anual da Associação Americana de Psicologia, neste mês, os três princípios fundamentais a serem considerados nela: inviabilização de hábitos existentes, repetição e contexto.

O primeiro consiste em criar uma janela de oportunidade para atuar em novas intenções. Como a pesquisadora expõe, mudar de cidade ou de emprego leva a um cenário mais fácil para abalar a rotina porque altera fatores fortes do cotidiano, como os horários. Caso não seja possível fazer uma troca tão radical, Wood exemplifica que atos como não comprar alimentos gordurosos ou colocá-los em pontos de alcance mais difíceis podem ser um começo.


Repetição, o segundo princípio, é o mais básico, mas não o mais simples. De acordo com a psicóloga, leva-se de 15 a 254 dias para criar um hábito. Pode parecer desanimador, mas o terceiro princípio ajuda: um contexto. Trata-se do foco em uma sequência de atos que fazem sentido. Por exemplo, colocar o prato na cozinha todas as vezes que terminar uma refeição ou escovar os dentes logo após passar o fio dental.

Michelly Scanzi, 30 anos, precisou mudar os hábitos radicalmente e conta que não foi fácil. ;Eu era totalmente das arte cênicas e tinha uma rotina bem caótica. Trabalhava em produção de teatro, além de ser atriz, viajava bastante e fazia muitas coisas.; Há um ano e meio, ela assumiu a rotina de concurseira para ingressar na área de segurança pública e diz motivar-se ao saber que poderá repensar a área escolhida enquanto policial. ;Ir pelo dinheiro ou estabilidade torna a função muito vazia e desvaloriza o cargo.;

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação