Ciência e Saúde

Estudo ajuda a detectar precocemente doenças cardiovasculares

Pesquisa da Ufop desenvolve metodologia para detectar precocemente doenças cardiovasculares em adultos e crianças, com base no perfil nutricional de estudantes

postado em 23/09/2014 06:05
Clique na imagem para ampliarBelo Horizonte ; Prevenir é o melhor remédio. O ditado popular, mais do que nunca, se aplica a uma pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que desenvolveu uma metodologia para detectar precocemente doenças cardiovasculares em adultos e crianças. O trabalho, fruto da dissertação de mestrado da nutricionista Ana Luiza Gomes Domingos, conquistou, no mês passado, o 1; lugar no Prêmio Henri Nestlé, na categoria nutrição em saúde pública. Segundo a pesquisadora, é durante a infância que as pessoas começam a apresentar os fatores de risco de uma doença cardiovascular, e identificar isso com antecedência pode prevenir vários males. ;Na faixa etária pediátrica, a presença da obesidade é um importante fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares na idade adulta. A constatação de que as doenças cardiovasculares podem ter origem na infância e na adolescência configura a necessidade de que esses fatores sejam amplamente investigados durante esse período;, destaca.


Tudo começou com a descoberta de que, dentro do cenário epidemiológico, as doenças cardiovasculares eram a principal causa de morte em Nova Era, na região central de Minas. Em 2008, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), 37,8% da população da cidade acima de 20 anos tinha como causa mortis alguma doença do aparelho circulatório. Ana Luiza acrescenta que, desde 2004, havia no município um monitoramento nutricional feito anualmente, por meio da Secretaria Municipal de Educação, que identificou que o sobrepeso e a obesidade na população de escolares superavam os índices de baixo peso entre os escolares da rede municipal de ensino.

;O perfil nutricional encontrado nos bancos escolares da rede municipal de ensino, associado às condições socioeconômicas dos munícipios, fez com que a nutricionista Adriana Cotote Moreira, da prefeitura, procurasse a professora Silvia Nascimento de Freitas, orientadora do projeto na Escola de Nutrição da Ufop, para a realização de uma parceria. O meu projeto surgiu daí;, recorda. Ana Luiza, mestre em saúde e nutrição pela Ufop, começou a desenvolver sua pesquisa na iniciação científica, ainda na graduação. Com o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), concentrou-se nos marcadores inflamatórios dos estudantes de Nova Era, pois poucos são os estudos que analisam suas alterações em crianças de 6 a 10 anos.

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