Ciência e Saúde

Observação de galáxia ajuda cientistas a entender como a luz se propagou

A observação de uma galáxia próxima à Via Láctea ajuda cientistas a entenderem como ocorreu o processo que permitiu à luz viajar livremente pelo Universo

Vilhena Soares
postado em 13/10/2014 08:05
A J0921 4509: ventos e explosões surgem da produção intensa de estrelas

Desde que o astrônomo e padre belga Georges Lema;tre propôs, em 1948, a teoria de que o Universo surgiu a partir da expansão acelerada de uma minúscula porção de massa e energia comprimida ; fenômeno depois batizado de big bang ;, cientistas trabalham arduamente para entender em detalhes como esse processo aconteceu. Agora, a descoberta de uma galáxia próxima à Via Láctea pode ajudar os astrônomos a entenderem melhor uma das peças desse quebra-cabeça: a fase em que, quando o Universo ainda era um jovem de 400 milhões de anos (hoje, ele tem quase 14 bilhões de anos), a luz começou a se propagar entre as galáxias, dando fim à chamada Era das Trevas.

O estudo, publicado na edição desta semana da revista Science, teve início há 10 anos, quando os autores começaram a analisar um grupo especial de galáxias. ;Essas formações têm uma semelhança impressionante com as que existiam quando o Universo tinha acabado de se formar. Portanto, elas são consideradas ;dinossauros vivos;, que podem nos ensinar sobre épocas anteriores;, explica ao Correio Roderik Overzier, astrofísico holandês do Observatório Nacional do Rio de Janeiro e um dos autores do trabalho, feito em parceria com outros três pesquisadores, da Universidade Johns Hopkins e do Space Telescope Science Institute, ambos nos Estados Unidos.



Durante essa ampla pesquisa, os especialistas notaram uma outra característica inusitada em seus objetos de estudo. ;Em 2009, encontramos evidências de que essas galáxias tinham uma outra propriedade especial. Aparentemente, elas estavam vazando fótons (partículas de luz) ultravioleta de alta energia. Esses fótons são produzidos por estrelas jovens e massivas, mas, em condições normais, elas não escapariam das galáxias;, conta Overzier.

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