Ciência e Saúde

Colocar bebê para dormir de barriga para cima reduz em 70% a morte súbita

Síndrome é mais comum nos quatro primeiros meses de vida

Bruno Freitas
postado em 26/01/2015 06:00

Síndrome é mais comum nos quatro primeiros meses de vida

Belo Horizonte ; A chegada de uma criança costuma ser sinônimo de festa na família. Entretanto, quando mimos e exageros se sobrepõem aos cuidados de que o recém-nascido necessita, há riscos em potencial. Nesse contexto, a morte súbita de bebês é uma grave preocupação. Ainda desconhecida por boa parte dos pais brasileiros, a síndrome da morte súbita de lactentes (Sids, conforme o termo em inglês) exige constante atenção e tem no simples ato de colocar o bebê para dormir de barriga para cima um forte fator de prevenção, podendo reduzir as ocorrências em mais de 70%, de acordo com o Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul.

Na maioria dos casos, a Sids ocorre entre a meia-noite e as 6h, período de sono da criança. O pico de incidência é entre dois e quatro meses de vida. Como não há uma causa definida ; apesar de antiga, o consenso médico é de que a origem seja um triplo fator de risco (leia o Três perguntas para) ;, o diagnóstico é quase sempre complexo e inconclusivo. O mito popular de que o bebê pode aspirar vômito e se sufocar quando colocado para cima é uma das crenças errôneas em relação à síndrome. Numa situação dessas, o instinto da criança é tossir e chamar a atenção dos pais.

A posição mais usual no Brasil, porém, continua sendo a de lado, postura igualmente arriscada se comparada à de barriga para baixo: como é instável, pode fazer com os bebês rolem, levando-os à morte. ;Uma criança maior ou um adulto acordariam ou trocariam de posição para evitar o sufocamento, mas, em alguns bebês, a parte do cérebro que controla esse reflexo não está desenvolvida. Por isso, ele acaba morrendo por asfixia;, explica o doutor em epidemiologia e autor de pesquisa de Pelotas, Cesar Victora

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