Ciência e Saúde

Profissionais que trabalham no limite da vida contam como mantém equilíbrio

Além do ombro amigo, os servidores do Samu contam com a ajuda de psicólogos e psiquiatras do Núcleo de Saúde Mental

postado em 03/03/2015 08:29
Enfermeira do Samu, Joseane  se desliga do trabalho em casa: No terceiro ano do ensino médio, Joseane Gomes sofreu um acidente durante uma excursão da escola. O contato com uma enfermeira dentro do hospital a fez desistir de fazer faculdade de geologia. ;Alguns colegas se machucaram gravemente, e ela nos acalmava, sabia o nome das pessoas, quem era amigo de quem. Na hora, decidi que queria ser igual a ela;, lembra. Formada em enfermagem, Joseane trabalhou em outras áreas da profissão até a abertura de uma seleção para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). ;Era a hora, aquilo que eu queria.;

Há quatro anos no cargo, a enfermeira de 33 anos atendeu a diferentes tipos de chamados. ;Já teve casos de óbito em que voltei para a viatura e chorei mesmo. A frustração quando não dá certo é muito grande. Mas também é muito gratificante quando dá certo, uma sensação muito boa;, conta. Nas horas de frustração, o consolo vem dos colegas da equipe. ;O primeiro apoio que nós temos é deles. Acaba que um é o ouvido do outro. Sempre tem um que está mais equilibrado com a situação.;

Além do ombro amigo, os servidores do Samu contam com a ajuda de psicólogos e psiquiatras do Núcleo de Saúde Mental ; que também atende a população em geral. ;Nós sabemos que temos o serviço para dar o suporte quando ficamos muito abalados;, diz Joseane. Problemas de saúde mental são a terceira causa de desligamentos de funcionários no Samu. Por isso, a atenção com os servidores é redobrada.

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