Ciência e Saúde

Aplicativo desenvolvido pela Fiocruz identifica barbeiro do mal de Chagas

A ferramenta é usada apenas nos cursos da instituição, mas eles buscam parceiros para aperfeiçoá-la e torná-la disponível ao público em geral

Bruno Freitas
postado em 24/03/2015 06:21

A ferramenta é usada apenas nos cursos da instituição, mas eles buscam parceiros para aperfeiçoá-la e torná-la disponível ao público em geral

Belo Horizonte ; Descoberta há mais de 100 anos pelo médico sanitarista, cientista e bacteriologista mineiro Carlos Chagas, a tripanossomíase americana ; mais conhecida como doença de Chagas ; ainda intriga médicos e cientistas, principalmente os dos 21 países da América da Latina em que ela é considerada endêmica. Só no Brasil, onde representa um custo anual de mais de US$ 129 milhões, são cerca de 6 mil mortes por ano (16 por dia). A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estima que existam de 2 milhões a 3 milhões de pessoas com a forma crônica no país. A fim de auxiliar na identificação do barbeiro transmissor, pesquisadores da Fiocruz em Minas Gerais desenvolveram um aplicativo para celular e tablets. No momento, a ferramenta é usada apenas nos cursos da instituição, mas eles buscam parceiros para aperfeiçoá-la e torná-la disponível ao público em geral.

Desenvolvido nos últimos dois anos, o Triatokey funciona sem internet e de forma simples: o usuário responde a um questionário sobre características visíveis do inseto a ser identificado. A cada pergunta, as possibilidades se estreitam ; ao todo, 38 espécies (24 pertencentes ao gênero Triatoma; sete, ao Panstrongylus; e sete, ao gênero Rhodnius) foram catalogadas. Para facilitar a pesquisa, cada questão aponta fotos que podem ser ampliadas. No fim do processo, é possível saber a qual gênero o triatomídeo, como são chamados os barbeiros, pertence.

A doutora e pesquisadora Rita de Cássia Moreira de Souza, do Laboratório de Triatomídeos do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz-Minas), criadora do projeto, ressalta que, para a elaboração da lista, foram consideradas a ocorrência da doença no Brasil e a importância epidemiológica. O dispositivo, segundo ela, se torna útil principalmente em municípios distantes, uma vez que há alta rotatividade de agentes em campo e longa espera para a capacitação deles.

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