Isabela de Oliveira
postado em 20/04/2015 08:05
Num procedimento científico descrito como um marco nos cuidados neonatais no Reino Unido, os rins e as células do fígado de uma menina de 6 dias foram doados para duas pessoas assim que o coração da recém-nascida parou de bater. Segundo médicos, o transplante mostra que esses bebês podem salvar vidas, mas a prática se choca com algumas limitações da legislação britânica.O ato cirúrgico foi detalhado na revista especializada Archives of Diseases in Childhood. A pequena doadora nasceu com severas condições de saúde. Testes sugeriram que a menina provavelmente foi privada de oxigênio antes do nascimento e, em decorrência disso, teve profundos danos no cérebro. A menina nasceu de uma cesariana de emergência e ficou, durante seis dias, respirando com a ajuda de aparelhos e sem apresentar melhoria na função cerebral. Os pais, então, aceitaram que a máquina fosse desligada.
As células do fígado foram transferidas para uma pessoa com insuficiência hepática; e os rins, para outro receptor com complicações renais severas. Os médicos não deram detalhes sobre as pessoas beneficiadas, mas ressaltaram, no artigo, que, no caso de transplantes neonatais, os receptores podem ser bebês, crianças e até adultos.
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