Ciência e Saúde

Estudo aponta que ter um propósito na vida reduz riscos de doença cardíaca

Brasilienses contam como conseguiram encontrar uma missão e como se beneficiam dessa escolha

postado em 28/04/2015 06:10

Quem vê a determinação e a alegria com as quais a aposentada Socorro Rocha, 67 anos, mantém a Associação Viver a Vida, de apoio a idosos, dificilmente imagina que ela já sofreu um duro golpe, desses que podem derrubar uma pessoa. Há 20 anos, ela perdeu um filho adolescente, depois que ele se envolveu com drogas. É comum que, depois de passar por experiências assim, as pessoas passem por depressão ou desenvolvam doenças. A morte do jovem, no entanto, não paralisou a ex-servidora pública. Ela reagiu e encontrou no voluntariado uma missão. Primeiro, envolveu-se em trabalhos sociais com adolescentes em situação de risco. Depois, passou a dar apoio a mulheres vítimas de violência doméstica. Até que, por fim, montou a associação, que reúne entre 100 e 150 idosos nas segundas e nas sextas-feiras para ouvir palestras e trocar experiências.

A moradora do Gama ilustra muito bem uma constatação feita recentemente por pesquisadores do Hospital Mount Sinai, em Nova York. Em estudo apresentado durante encontro da Associação Americana do Coração, no mês passado, os cientistas concluíram que ter um alto senso de propósito na vida pode reduzir o risco de doenças. A equipe de cientistas revisou 10 estudos relevantes sobre o tema e, a partir dos dados de mais de 137 mil pessoas, concluiu que ter uma razão para viver reduz em 23% o risco de morte por qualquer motivo e em 19% as chances de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou necessidade de cirurgia de revascularização do miocárdio.

Socorro não conhece o estudo americano, mas sente cotidianamente os benefícios das escolhas que fez. ;Esse trabalho é uma forma de ajudá-los, mas me ajuda também. Eles têm muito a ensinar, é uma faculdade que ninguém pode tirar deles. Assim, eu ganho conhecimento e melhoro minha forma de pensar e de compreender o ser humano;, conta a aposentada, que há 14 anos se dedica à ação social. Apesar dos obstáculos em conseguir recursos ; a iniciativa conta com a contribuição de alguns amigos ;, ela não desanima. ;A gente tenta gerar renda para fazer o trabalho, e mesmo quando acha que não vai conseguir, a gente se enche de força e segue em frente. Talvez não seja exatamente como nós queremos, mas tiramos força do Altíssimo.;

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