Ciência e Saúde

Astrônomos garantem que a Terra está livre de colisões por 10 anos

Graças a avanços tecnológicos recentes, astrônomos são capazes de identificar e monitorar grandes asteroides e cometas ao redor do planeta

Vilhena Soares
postado em 21/06/2015 08:00

É compreensível o medo que o homem tem dos asteroides. Esses corpos celestes que cruzam o Sistema Solar, dependendo do tamanho, podem causar muito estrago caso se choquem com a Terra ; a queda de um deles, vale lembrar, é apontada como a mais provável causa da extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos. Graças à ciência, contudo, a humanidade não precisa viver em pânico, achando que, a qualquer momento, uma dessas rochas vai destruir a vida no planeta. Hoje, astrônomos conseguem vasculhar o céu para identificar e monitorar os chamados NEOs, sigla em inglês para objetos próximos da Terra, que incluem cometas além de asteroides. E esses especialistas garantem: não há nada no céu hoje que nos ameace.


;Os sistemas de análise permitem descobrir os NEOs, determinar sua trajetória futura e identificar aqueles com alguma probabilidade de colidir com a Terra. Para objetos maiores, que apresentam maior risco, seria possível prever seu impacto com até décadas de antecedência;, diz Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. A cientista explica que as previsões realizadas recentemente não rendem nenhum alarde futuro.


;Um bom exemplo é o asteroide 99942 Apophis, descoberto em 2004, com tamanho estimado em 300m. Já se sabe que ele vai fazer uma grande aproximação da Terra em abril de 2029, mas que não vai colidir;, afirma. No caso do Apophis, a aproximação da Terra deve gerar uma mudança de rota, dando origem a milhares de possíveis percursos. Na pior das hipóteses, poderia se chocar com o Planeta Azul em 2068. ;Mesmo que se confirmasse sua colisão, isso ocorreria daqui a mais do que 50 anos. Tempo mais do que suficiente para o homem descobrir uma forma de evitar uma catástrofe;, tranquiliza Lazzaro.


[SAIBAMAIS]Othon Winter, professor e pesquisador do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), destaca que o trabalho de monitoramento passou por uma revisão nos últimos anos para evitar alardes desnecessários. ;Antes, se você descobrisse um objeto novo, essa informação era divulgada rapidamente. Com isso, vinha o temor. Agora, esse sistema mudou. Precisamos saber com cuidado qual é a órbita, passamos meses analisando para, só depois, divulgar a informação;, conta. ;Podemos ficar tranquilos, já que nos próximos 20 anos não precisamos nos preocupar com nenhum risco de colisão perigosa à Terra;, garante.

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