Ciência e Saúde

Guia da UnB traduz as indicações sobre ingestão de remédios na infância

A publicação tem o objetivo de informar os adultos sobre as condições médicas dos filhos e incentivar a adesão ao tratamento necessário

Roberta Machado
postado em 28/06/2015 08:00
As letrinhas miúdas cobrem o papelzinho dobrado até o limite, e mesmo o olhar mais atento se perde entre as palavras incompreensíveis. Decifrar a bula pode ser um desafio para aqueles que não estão familiarizados com a linguagem médica, que esconde, por trás do vocabulário rebuscado, uma série de informações essenciais aos pacientes. O exercício frustrante de tradução é ainda mais complicado no caso dos pais, que se responsabilizam pela saúde dos filhos e nem sempre encontram respostas nas instruções farmacêuticas. Será que pode misturar o remédio no suco? O enjoo sentido depois de tomar o remédio é normal? E, para recém-nascidos, há cuidados especiais?

A fim de ajudá-los nessa tarefa, uma equipe de médicos e farmacêuticos do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveu um guia que traduz as principais orientações médicas de doenças comuns na infância para uma linguagem simples e didática. A publicação tem o objetivo de informar os adultos sobre as condições médicas dos filhos e incentivar a adesão ao tratamento necessário, além de alertar sobre os principais cuidados que devem ser tomados em relação a medicamentos receitados contra doenças como deficiência do hormônio do crescimento, anurese noturna, deficit de atenção e hiperatividade.

O livro digital Uso racional de medicamentos na pediatria: doenças da infância I levou mais de um ano para ser produzido e está disponível gratuitamente na internet (http://fs.unb.br/doencasnainfancia1/leia-o-livro/). A professora Patrícia Medeiros de Souza, coordenadora do curso de especialização em farmacologia clínica da UnB e uma dos responsáveis pelo projeto que envolveu dezenas de professores, profissionais e estudantes, conta que as instruções simplificadas são resultado de conversas com pacientes reais. ;Validamos toda a linguagem à beira do leito para chegar a uma linguagem que a mãe e a criança entendessem;, ressalta.

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