Ciência e Saúde

Terapias amenizam danos da queda hormonal, indica estudo canadense

A fisioterapia no assoalho pélvico reduz em 75% a incontinência urinária em mulheres na menopausa. Cientistas dos EUA notaram melhoras no desempenho sexual de homens acima dos 65 anos tratados com testosterona

Vilhena Soares
postado em 18/02/2016 11:08
A fisioterapia no assoalho pélvico reduz em 75% a incontinência urinária em mulheres na menopausa. Cientistas dos EUA notaram melhoras no desempenho sexual de homens acima dos 65 anos tratados com testosterona
O fim da vida fértil é uma etapa difícil tanto para homens quanto para mulheres. Nele, o sistema hormonal do corpo sofre mudanças consideráveis, com impacto direto no bem-estar. Dois novos estudos trazem soluções para algumas complicações dessa etapa da vida. Cientistas canadenses mostram que o treinamento muscular para o assoalho pélvico reduz em 75% a incontinência urinária, problema que atinge mulheres com osteoporose na idade avançada. Já pesquisadores dos Estados Unidos detalham, pela primeira vez, os benefícios do uso da testosterona em homens com mais de 65 anos. Ambos os trabalhos trazem esperança de avanços em tratamentos para a andropausa e a menopausa.

A chegada da menopausa compromete a estrutura óssea das mulheres, aumentando os riscos de incontinência urinária por falta de força no assoalho pélvico. Os exercícios físicos têm sido apontados em pesquisa como uma prevenção ao problema. Mas a solução nem sempre é posta em prática com facilidade. ;Muitas pessoas nessa condição se veem limitadas a realizar atividades físicas por medo de vazamento. Mas, ao sofrer com a perda óssea ou com o risco dela, é necessário o treinamento de força, além de uma dieta adequada de cálcio e vitamina D para prevenir e reduzir o risco de fratura;, destacou, em comunicado à imprensa, Joann V. Pinkerton, pesquisadora do The North American Menopause Society (NAMS), grupo que edita a revista Menopause, onde o estudo foi publicado.

[SAIBAMAIS]Por conta da limitação, cientistas do Hospital e Centro de Saúde da Mulher BC em Vancouver, no Canadá, resolveram investigar se exercícios pélvicos poderiam surtir efeito. Eles selecionaram 48 voluntárias com ao menos 55 anos e enfrentando o problema. Metade delas participou de sessões de fisioterapia para exercitar o assoalho pélvico, a outra parcela apenas recebeu orientações médicas de especialistas, como nutricionistas e fisioterapeutas. Ao monitorar as participantes, os investigadores notaram uma redução de 75% em perdas de urina nas mulheres do primeiro grupo. O benefício se manteve durante ao menos um ano.



Para Carolina Adorno, ginecologista e obstetra da Clínica Equilíbrio, em Brasília, a melhora constatada pode ser justificada por necessidades naturais do corpo. ;Nossa pelve exige constantes estímulos para não deteriorar e perder massa consistente, que confere força à musculatura de apoio às vísceras. Existem exercícios de toda a pelve que podem ser feitos a qualquer hora do dia, sem mesmo que seja preciso parar as atividades rotineiras, como os de Kegel. Mas é bom que se compreenda que cada caso deve ser analisado individualmente, uma vez que existem diferentes graus de incontinência urinária;, destaca.

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