Diversão e Arte

Grupo cover relembra bons tempos da Legião Urbana

postado em 27/03/2010 10:56
Evangélico, o irmão de Celso Andrade levou um susto quando ouviu pela primeira vez o irmão cantando as canções da Legião Urbana em casa. ;Ele não gosta dessas coisas, mas teve que admitir que tenho a voz parecida com a do Renato Russo;, conta, gabando-se Celso. A semelhança vocal com o autor de clássicos como Que país é este e Ainda é cedo o levou à condição de vocalista da banda cover Quatro Estações, desde 1997 na estrada pelos palcos de Brasília. ;Comecei tocando sozinho, conheci os integrantes cantando na igreja;, revela. ;Ouço Legião desde meus 13 anos, desde o primeiro disco. Na época se ouvia só rock internacional, de repente descobrimos que tinha banda de Brasília tocando no Rock in Rio (Paralamas do Sucesso), imagina, quando a Legião surgiu foi uma piração;, lembra.

Hoje, o grupo formado ainda pelos guitarristas Paulo Henrique e Dhema Silva, além do baixista Ivo Portela, do baterista Robson Marques e do tecladista Flávio Constâncio, relembra os grandes sucessos do trio captando a essência do som e mensagens deixadas pelas letras de Renato com shows em cidades como Campo Grande, Palmas, Uberlândia (MG) e Goiânia, onde já reuniu 800 pessoas num pub.

;As pessoas reagem bem às nossas apresentação, rola até uma assédio no final dos shows com fotos e tudo o mais;, conta Celso, que sobe ao palco caracterizado como o ídolo, sempre de camisa branca e calça escura. O recurso foi motivado pelo espetáculo Renato Russo, a peça, protagonizada por Bruce Gomlevsky. ;No começo não me preocupava com esse detalhe. Achava que estava fazendo uma alegoria em cima da imagem dele;, recorda. ;Mas depois que vi o Bruce na peça, fiquei impressionado, entendi que me associar à imagem do Renato ajudava a retomar o pensamento das pessoas o mais próximo dele;, explica o artista, que teve a honra de dividir os vocais com Renato Rocha, o Negrete, ex-baixista da Legião. O encontro foi em 2001, na Praça Renato Russo, no Gilberto Salomão. ;Ele estava de passagem pelo local, parou para ver nossa apresentação, se empolgou, subiu no palco e cantou Ainda é cedo, foi demais;, lembra.

[SAIBAMAIS]Com nome tirado de um romance de Marion Zimmer Bradley (As brumas de Avalon), durante algum tempo o Cálida Essência ostentou o posto de um dos mais emblemáticos grupos covers da cidade. ;Como os caras não faziam shows por aqui, para suprir a ausência, tinha muita banda cover no país do U2, Guns N; Roses, Nivarna, mas nenhuma das bandas brasileiras. Fomos um dos primeiros a surgir em Brasília;, revê, orgulhoso, Sérgio Fonseca, vocalista do Cálida Essência.

;Quando o primeiro disco da Legião saiu escutei o vinil até sangrar, até acabar mesmo;, ri Fonseca, que divide os palcos com o baterista Júnior Site e o guitarrista Betinho Matus. ;Eu tinha 11 anos quando o Renato morreu, não gostava muito, não. Passei a gostar por causa de uma vizinha que tocava sempre. Quando passei a prestar atenção, minha vida mudou;, revela Matus. (LF)

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