Diversão e Arte

Semana de Moda de Londres troca a loucura pela sofisticação

Agência France-Presse
postado em 21/09/2010 18:36
Londres - A Semana de Moda de Londres encerrou, esta terça-feira, uma edição considerada menos revolucionária, porém mais sofisticada pelos especialistas, marcada ainda por um novo espaço para jovens talentos emergentes, um pouco de nudez e alguns tropeços. O couro e as cores vivas, inclusive fluorescentes, foram duas das grandes tendências presentes nas 60 coleções da primavera-verão 2011 apresentadas desde a sexta-feira passada nas passarelas londrinas que, segundo os organizadores, continuam melhorando a cada temporada. A antecipação do desfile da Burberry Prorsum, de inspiração claramente "motoqueira", foi o prato forte do quinto dia deste evento que luta por competir com os mais influentes e lucrativos de Nova York, Milão e Paris. Londres é "mais pertinente", explicou a redatora em chefe da edição britânica da revista Vogue, Alejandra Shulman. Para ela, a semana londrina, "é muito polida, muito sofisticada. Perdeu esse sentimento de loucura, e os desenhos são inovadores", disse. A proposta apresentada por Christopher Bayley, estilista da Burberry, foi dominada por justíssimas calças de couro, algumas com detalhes acolchoados e tachas, outros com estampas de serpente. As silhuetas se suavizaram com vestidos fluidos curtos de seda ou gaze, adornados com rendas e drapeados, e bolsos e cintos em cores vivas, variando do amarelo ao azul turquesa. O couro dominou também o desfile matutino de Marios Schwab, que combinou casacos, saias e calças de pele com peças inspiradas em lingerie para criar um 'look' totalmente roqueiro. Os talentos emergentes jovens, como Peter Pilotto e Maria Garchvogel, reunidos na seção NewGen, estrearam um novo cenário sob um imponente terminal em desuso da estação ferroviária Waterloo. Três de seus representantes - Holly Fulton, David Koma e Michael van der Ham - saltaram este ano para o programa oficial, no qual se destacou a volta de Giles Deacon, diretor artístico da 'maison' Ungaro que, após dois anos em Paris, apresentou uma coleção divertida em cores vivas. Entre os veteranos, Paul Costelloe inclinou-se para o prateado, em vestidos curtos muito estruturados. E os normalmente inovadores Paul Smith e Vivienne Westwood optaram por propostas mais conservadoras, no caso do primeiro de inspiração claramente masculina. O mais provocador, sem dúvida, foi Charlie Le Mindu, que levou para a passarela modelos vestindo apenas botas e chapéu. O jovem estilista francês explicou, no entanto, que fez isto apenas porque "não queria que nada desviasse a atenção"... dos chapéus.

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